O MISTÉRIO DA VONTADE DE DEUS
INTRODUÇÃO
Paulo está dizendo no texto, que a
maldade e a destruição não agradam a Deus.
Diz-nos,
também, que tudo o que recebemos, foi-nos dado pela e conforme a vontade de Deus.
Os mistérios da sua vontade
mencionados neste capítulo referem-se ao que Deus quer, mas enfaticamente é destacado
aqui “aquilo que Deus idealiza fazer”.
Paulo está dizendo neste texto, que
Deus está operando, e continuará operando em sua criação, e que toda a criação
é esfera da atividade da vontade divina.
Todas as operações de Deus são
executadas segundo a sua vontade, ou seja, conforme ao que agrada ao Senhor,
conforme àquilo que “lhe parece bom”.
Tudo quanto Deus faz em toda a Sua
criação, é regido pelo seu amor, pela sua misericórdia, pela sua bondade. É por
isso, que devemos depender dEle.
No texto Paulo revela, que tudo
quanto Deus faz, Ele o faz, tendo Jesus Cristo como seu alicerce.
1. DEUS CENTRALIZA
EM CRISTO TODOS OS SEUS PLANOS. (9,10)
Tudo que Deus faz envolve a atuação
de Seu Filho, porque, “todas as coisas nos céus e sobre a terra, as visíveis e
as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, principados, potestades. Tudo
foi criado por meio dele e para Ele!” (Col. 1:16)
Em Mateus 11:26-27ª: “Sim, ó Pai,
porque assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai!”
Jesus Cristo é o Benfeitor universal de todas as coisas.
Em
relação à Igreja Ele é a Pedra angular, que sustenta o edifício. (I Pedro
2:6-7)
Jesus Cristo é o Tronco da árvore,
que sustenta toda a estrutura sob Ele.
(João 15:1-7)
Ele é a Cabeça, que dá toda a
direção para o Corpo inteiro, que é composto de todos os salvos. (Efésios
1:21-23)
A
palavra “..propósito...” no original
grego “boule”, significa “conselho”, “desígnio”, em Cristo.
Paulo destaca aqui, que “nas operações de Deus” a iniciativa
sempre é de Deus, doando a sua chamada e os dons celestiais.
Mas destaca, também, que os
conselhos e chamada de Deus, tanto a um indivíduo quanto a uma nação, podem ser rejeitados, repelidos e insultados,
de modo a anular ou mesmo adiar os planos de Deus. Isso aconteceu sempre com o
povo de Israel.
A soberania de Deus não anula o “livre-arbítrio” do homem, porque Deus
quer que o homem participe da execução dos seus propósitos. Em toda a Bíblia é
assim!
De alguma maneira isso faz parte dos
mistérios da vontade de Deus.
2. EM CRISTO SOMOS
FEITOS HERANÇA DE DEUS.(11)
No primeiro versículo a vontade de
Deus está associada à chamada para o
ministério apostólico. No versículo onze está associada a doação da herança aos
salvos.
Deus salva o homem, dando-lhe a vida
eterna como herança, e agora salvo o homem, é vontade de Deus que o salvo seja
um instrumento que Deus possa usá-lo.
Deus criou todas as coisas, para o
seu benefício. Todos os benefícios, espirituais e materiais, nos chegam por
intermédio dele, para a sua glória e bem-estar.
Herança no texto tem dois sentidos:
1) Os remidos são
tomados como a herança de Cristo.
2) Os remidos foram
feitos participantes da herança de Cristo.
Desde o VT a Bíblia está revelando
essa preciosidade: “Porque a porção do
Senhor é o seu povo...” Deut. 32:9-10
A glorificação é a grande herança,
que envolve Deus e o seu povo. Paulo diz em II Tess. 1:10-12: “Quando naquele dia Ele vier ser
glorificado nos seu santos e para ser admirado em todos os que tiverem crido,
pelo que também rogamos sempre por vós, para que o nosso Deus vos faça dignos
da sua vocação, e cumpra com poder todo desejo de bondade e toda obra de fé, para que o nome de nosso
Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós nele, segundo a graça de nosso Deus
e do Senhor Jesus Cristo!”
Isso faz parte do mistério da
vontade de Deus.
3. O FIM É QUE SEJAMOS PARA O SEU LOUVOR E GLÓRIA. (12)
Em termos exatos, a glorificação de
Cristo é também a nossa, pois, seremos o que Ele é, e possuiremos o que Ele
possui. Biblicamente salvação é isso!
Isso acontece, quando a salvação
traz ao salvo a “duplicação” de
Cristo em sua vida.
A verdadeira salvação traz ao salvo
uma natureza similar à de Cristo, porque
Cristo é o “modelo” da nova criação.
Quando Cristo é modelo para o
crente, tal crente redunda em louvor para o Senhor.
1) Esse louvor deve ser dado pelos
lábios, louvando ao Senhor pelas suas obras de bondade e amor.
2) Deve ser dado pela vida.
3) É louvor da sua glória!
3.1- Exaltando a magnificência da
sua Pessoa.
3.2- Por estar Jesus Cristo
cumprindo os seus desígnios e desejos relativos
aos homens.
3.3- Louvor, por servirmos de
instrumentos das obras eternas do nosso Deus, para os Seus propósitos elevadíssimos, para que o querer de Deus seja realizado.
A glória de Deus consiste de:
1. Sua bondade para com as suas
criaturas.
2. Sua própria magnificência!
3. A elevadíssima espiritualidade de
Sua Pessoa.
4.
Sua santidade e seu poder absolutos.
5. E Sua graça, que torna-O digno
dos louvores de todos.
Em todos estes casos, os salvos são
os meios usados para exaltar a Deus, o possuidor dessas qualidades.
Paulo foi um exímio pregador, no
sentido de que o crente em tudo deve glorificar a Deus. (I Cor. 10:31)
Isso faz parte do mistério da
vontade de Deus.
4. QUE EM CRISTO
ESTEJA A CONVERGÊNCIA DO PRÓPRIO
UNIVERSO. (10)
“Anakephalaico”
– “sumariar”, “recapitular”, “reunir”. É o mesmo vocábulo usado por Paulo
em Rom. 13:9: “...tudo nesta palavra se resume: “amarás ao teu próximo como a ti mesmo”.
A criação inteira está sumariada,
reunida e resumida em Cristo, tendo nele o seu ser, propósito, destino e
centralidade.
Essa convergência tem a finalidade
de revelar, também, que em Cristo está a restauração de qualquer que seja a
parte da criação.
Isso acontecerá na “plenitude dos tempos” (v. 10) ≠ de “plenitude do tempo”, ou seja, “o tempo certo e apropriado” (Gál. 4:4).
Aqui (v. 10) é a parousia, Segunda Vinda
de Jesus Cristo, quando tudo será de Cristo e existirá em torno dele.
Em
Efésios 1:23: “Cristo é o corpo da igreja, a plenitude daquele que a tudo enche
em todas as coisas!”, a ideia central de Paulo aqui é, que em Sua Segunda
Vinda, Jesus restaurará todas as coisas no mundo, porque ali “Jesus Cristo será
tudo para todos!” Todos os seres do universo giram em torno de Jesus Cristo.
(Rom. 8:21 e I Cor. 15:28)
Essa convergência expressa o
mistério máximo dos propósitos de Deus.
Todo o bem-estar e a unidade
universal de todas as coisas, tudo se centraliza em Jesus Cristo.
Todas as coisas encontram a sua
existência, propósito e significado em Jesus Cristo.
O Único caminho para se aproximar de
Deus é Jesus Cristo.
Jesus Cristo é o ponto culminante
nos propósitos de Deus. É nEle que todas as coisas têm a sua existência e
sentido.
Quando Jesus Cristo está fora da
existência, a vida perde o seu sentido, e deixa de ter grandes propósitos.
CONCLUSÃO
Dentro deste mistério da vontade de
Deus até mesmo os perdidos encontrarão lugar para o seu perdão e restauração.
A expressão “...todas as coisas...” “to panta” refere-se à criação inteira e
inclui todos os seres inteligentes.
“...to panta...” “nos céus” e “na terra”. Na
plenitude dos tempos, tanto o que está nos céus, quanto o que está na terra
convergirão a Cristo.
Esta expressão “...na terra...” reveste-se de um significado muito especial, em
que a missão de Cristo alcançará todos os tipos de homens, judeus, não-judeus,
etc, sem distinção.
A restauração de todo o universo,
tendo como pano de fundo a redenção do homem, é o ponto central dos mistérios
de Deus, revelados neste texto.
Quem tem estragado e corrompido o
universo é o homem. Salvo e restaurado o homem, ele será o agente de
transformação do que ele mesmo estragou.
Paulo fala disso em Rom.
8:19-22:”Porque sabemos, que toda a
criação, a um só tempo. Geme e suporta angústias até agora. (22). A ardente
expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus, porque a
criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que
a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da
corrupção, para a liberdade dos filhos de Deus!”
APELO
Se
você precisa de restauração em alguma área de sua vida, busque-a em Jesus
Cristo.
Pr. José das Graças Silva OLiveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário