A INTERVENÇÃO DIVINA EM SITUAÇÕES ANGUSTIOSAS DA VIDA
Hinos: 334 CC e 329 CC,
330 CC
Lamento sobre a ruína do templo
Poema da família de Asafe.
74 Por que, ó Deus, esta rejeição sem
fim, esta ardente cólera contra as ovelhas de teus pastos?
2 Lembra-te da comunidade que adquiriste
desde a origem,
da tribo que remiste como
herança, do monte Sião, onde fizeste tua morada!
3 Dirige teus passos para essas eternas
ruínas! O inimigo tudo devastou no santuário.
4 Teus adversários rugiram no lugar de
tua assembléia, erigiram seus estandartes como insígnias.
5 Pareciam homens a brandir o machado em
mata espessa,
6 ao despedaçarem todos os entalhos, a
golpes de machado e malho.
7 Atearam fogo ao teu santuário, derrubaram e profanaram a morada do teu Nome.
8 Disseram em seu coração: “Juntos vamos
oprimi-los!” E incendiaram, no país, todos os lugares de
encontro com Deus.
9 Não mais vemos nossas insígnias, já não há profeta e não temos alguém, entre nós, que
saiba até quando:
10 até quando, ó Deus, tripudiará o
adversário? Blasfemará o inimigo teu Nome,sem cessar?
11 Por que retrais tua mão, e reténs tua
destra contra o peito?
12 No entanto, Deus
é rei desde sempre, é ele quem realiza vitórias na terra.
13 Com tua força fendeste o mar, e
despedaçaste, sobre as águas, as cabeças dos monstros marinhos.
14 Esmagaste as cabeças do Leviatã e o
serviste de alimento aos habitantes do deserto.
15 Fizeste jorrar fontes e torrentes, e
secar rios impetuosos.
16 O dia é teu, é tua a noite; criaste a luz e o sol.
17 Os limites da terra estabeleceste; verão e inverno
foram por ti determinados.
18 Lembra-te, em teu poder, de que o
inimigo te ultrajou, ó Eterno, e de que o povo infame contra teu Nome
blasfemou.
19 Não permitas que seja entregue às
feras a alma de tua pomba, Israel, nem esqueças para sempre a vida dos teus
filhos!
20 Considera a aliança, pois os
esconderijos do país encheram-se de covis da violência.
21 Não permitas que o oprimido se retire
humilhado! Faze que o pobre e o necessitado louvem o teu Nome.
22 Levanta-te, ó Eterno, e defende a tua
causa; lembra-te de como os insensatos zombam de ti dia e noite.
23 Não ignores o rugido dos opressores, o
alvoroço dos que se erguem contra ti, e destrói-os para sempre!
INTRODUÇÃO
Este salmo é um Maschil de Asafe. Um salmo instrutivo.
A
história da igreja sofredora está presente aqui, e sempre edificante em meio
aos seus grandes desafios.
O salmista lembra que está falando sobre o
povo escolhido de Deus, libertado da escravidão, para ser propriedade exclusiva
do Senhor. (2) NBV
O panorama visto pelo salmista é de desolação:
- Os inimigos, possivelmente os caldeus, haviam invadido e destruído Templo e a cidade. A data provável seria 586 a.C. É possível que Jeremias 52:13-17 seja referência aos mesmos fatos.
- Os símbolos da fé do povo de Deus foram substituídos por símbolos ímpios e idólatras. (4,9ª)
- A vida religiosa do povo de Deus fora substituída por um mar de blasfêmias ao Nome de Deus. (10,22b)
- O templo que era o maior monumento da fé israelita, fora destruído totalmente.
A intenção dos inimigos politeístas era
destruir os dois monumentos fundamentais da fé do povo israelita:
- O Templo, lugar onde os israelitas criam que Deus falava dali. (7-8)
- A fé monoteísta que Deus deu ao Seu povo. (Êxodo 20:1-5)
Devido à apostasia dos israelitas algumas
bênçãos divinas não estavam sendo recebidas:
- A mensagem profética e consoladora desapareceu. (9). Tal mensagem havia perdido a confiança e aceitação por parte do povo.
- Desapareceram os milagres divinos de libertação. (11-12)
Era uma situação que dava a entender que,
Deus havia se afastado do Seu povo. Porém, sabemos que sempre é o homem que se
afasta de Deus. Isso é o que registra o nosso texto, e por isso a situação angustiosa nos ensina algumas lições.
1. EM SITUAÇÕES ANGUSTIOSAS, DEUS INTERVÉM QUANDO O BUSCAMOS COM
CONFIANÇA (4-17)
Este povo entrou em uma situação angustiosa,
porque abandonou a Deus, substituindo-O por ídolos pagãos, e desobedecendo a
Palavra de Deus.
Isso é o que acontece, quando o homem conhece
a Deus e os seus propósitos, e deixa de viver conforme a vontade Dele.
Mas este salmo nos conforta ao deixar claro
que, mesmo assim, podemos buscar a Deus com confiança através da oração:
- Sendo específicos na oração (4-11)
- Lembrando que Deus, sempre que o Seu povo o buscou, Ele perdoou e agiu em seu favor. (12-17)
2. DEUS INTERVÉM QUANDO O BUSCAMOS, CERTOS QUE O SEU PODER É ETERNO
(16-17)
Os sinais citados no texto eram as
manifestações miraculosas de Deus entre o Seu povo, e sempre serão um sinal de
Deus entre os Seus servos.
O salmista sente-se confortável, lembrando-se
das ações de Deus no passado, quando em ações miraculosas, abençoou e deu as
vitórias que o Seu povo buscou nEle.
- Criando e administrando tudo o que existe, e tudo para abençoar o homem que Ele criou. (16-17)
- No êxodo abrindo o mar, para o Seu povo passar com pés enxutos, e com o mesmo milagre dando vitória cabal contra os egípcios. (15)
- Fazendo jorrar água da pedra no deserto, para saciar a sede do povo (V. 15, Êxodo 17:1-7)
Neste texto, o salmista aconselha o povo a
olhar para o passado, e ver que todas as vitórias no meio do povo foram de
Deus.
Há um avivamento de fé, quando em situações angustiosas, o povo de
Deus olha para as vitórias dadas por Deus no passado.
Há avivamento de fé, quando consideramos a
constante amostra do poder de Deus na natureza. (12-15)
Olhando para o passado, vendo o que lá Ele
operou, podemos confiar inteiramente em Deus, porque “Deus é o mesmo ontem, hoje
e eternamente!”
Nas Escrituras Sagradas Ele é constantemente
chamado de DEUS ETERNO.
Deus nunca se cansa nem desiste de trabalhar
e intervir por nós em nossas situações angustiosas!
3. DEUS INTERVÉM QUANDO FORMOS FIÉIS AO PACTO ASSUMIDO COM ELE. (19-21)
Deus rejeitaria os Seus sem motivos? Se chegar ao ponto de rejeitá-los, caso se
arrependam, esse poderia ser um motivo para perdoá-los e recebê-los novamente,
e salvá-los de situações constrangedoras!
Há algumas coisas que precisamos temer como
Igreja:
- Dano ou destruição das nossas Doutrinas Fundamentais.
- A existência de contendas e divisões dentro da igreja.
- Depreciação e menosprezo do pecado quando presente na vida da Igreja.
São coisas malignas e qualquer
uma delas derruba uma igreja!
Devemos
nos cuidar e orar contra essas coisas.
A
destruição da igreja é o alvo do
inimigo!
O conteúdo central do texto tem tudo a ver
com a relação de Israel com Deus:
- Israel era o povo de Deus!
- Israel era a Congregação de Deus.
- O Templo era o santuário escolhido por Deus para as Suas manifestações!
Porém, o povo de Israel esqueceu-se de todos
estes privilégios, e afastou-se de Deus, e tudo o que era bom acabou sendo substituído por muitas transgressões.
Devemos nos lembrar que, quem enche as ruas e
casas de transgressão e crueldade são os
homens e não Deus.
Os homens amam substituir a luz pelas trevas,
praticando obras más. João 3:19-20
Satanás é o dominador das trevas mundanas.
(II Cor. 4:4 e Ef. 6:10-18
A solução para tudo isso é a nossa comunhão e
intimidade com Deus.
Se nos mantivermos fiéis a Deus, com certeza
todas as nossas causas serão causas dele e poderemos fazer a mesma oração do salmista:
“Levanta-te, ó Deus, defende a tua própria causa...” (22).
Vivendo em fidelidade a Deus, podemos nos
assegurar que, todas as nossas situações serão causa Dele. Podemos buscá-Lo em
oração!
As nossas causas são, também do Senhor!
Deus mesmo defenderá a esperança que
depositarmos nele em nossas
causas!
É
isso que comoverá o Senhor, para que se levante e intervenha em nosso favor.
4. DEUS INTERVÉM QUANDO FORMOS SUBMISSOS A SUA SOBERANA ONIPOTÊNCIA.
(12)
Desde Abraão em todas as Suas alianças com o
Seu povo Deus prometeu ser o Guardião, que daria segurança e bem-aventurança.
Não há o que temer, pois, podemos ver desde a
antiguidade, em Sua soberania, Deus
trabalhando e operando salvação entre os Seus servos.
O salmista vê em Deus o Criador e Salvador
eternamente poderoso para:
- Adquirir e remir o Seu povo! (2,12)
- Libertar o Seu povo! (19-20), e
- Consolar os Seus servos fiéis. (21)
Se deixarmos de confiar na carne, confiando e
sendo submissos à onipotência de Deus, certamente Ele estará do nosso lado para
nos abençoar e dar-nos a vitória.
CONCLUSÃO
Quando
vemos como os fiéis de todos os tempos confiaram em Deus, e lutaram com ele em
tempos de muita aflição, aprendemos como devemos nos comportar em
circunstâncias semelhantes.
A finalidade da mensagem do salmista é
enfatizar que, em todas as situações o crente deve confiar em Deus.
As
antigas mostras do poder divino são razões para buscarmos em Deus livramentos no
presente (12-23).
O
segredo da vitória é cuidarmos para que a nossa causa esteja sempre
identificada com os propósitos e vontade de Deus.
Assim,
podemos orar: “Levanta-te, ó Deus, pleiteia a tua própria causa!” (22)
Deus
é fiel para com os chamados à comunhão com Ele.
Pr.
José das Graças Silva Oliveira
amemmmmmmmmmmmmm
ResponderExcluirobrigado pelos seus esclarecimento..
ResponderExcluirobrigado pelos seus esclarecimento..
ResponderExcluiramemmmmmmmmmmmmm
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