MOTIVOS PARA
AMAR A PALAVRA DE DEUS
Texto
Bíblico: Salmo 119:137-144
137 Justo és, ó SENHOR, e corretas são todas as tuas
decisões!
138 Promulgaste com justiça as tuas prescrições; e com
plena fidelidade.
139 Meu zelo me consome, pois os meus adversários desdenham
das tuas palavras.
140 A tua promessa foi absolutamente comprovada, e, por
esse motivo, o teu servo a ama.
141 Sou insignificante e desprezado, contudo não esqueci teus preceitos.
141 Sou insignificante e desprezado, contudo não esqueci teus preceitos.
142 Tua justiça é justiça eterna, e a tua Lei é a verdade!
143 Sobrevieram-me angústia e tribulação; todavia teus mandamentos são minha delícia.
143 Sobrevieram-me angústia e tribulação; todavia teus mandamentos são minha delícia.
TESE: “A Palavra de Deus é a “própria
verdade", sendo a verdade o seu principal atributo!”
INTRODUÇÃO
Estes oito versículos, chamados Tsadê, são essencialmente um hino de louvor à Palavra de Deus.O salmista nos apresenta três fatores que, podem desmotivar o crente com relação a Palavra de Deus:
I. “Abençoado com felicidade é o homem que não segue o conselho
dos ímpios, não se deixa influenciar pela conduta dos pecadores,
nem se assenta na reunião (roda) dos zombado!” 1:1
“...os meus adversários desdenham das tuas palavras!” 139Esse primeiro fator que ele fala desde o primeiro capítulo dos Salmos é a roda dos adversários e escarnecedores.
II. “Sou insignificante e desprezado, contudo não esqueci teus preceitos!” 141
O salmista é um homem precioso e segundo o coração de Deus, mas sentia-se “pequeno e desprezado.”141 O seu amor à Palavra de Deus causou o desprezo dos que o rodeavam, fazendo disso outro fator.
III. “Sobrevieram-me angústia e tribulação; todavia teus mandamentos são minha delícia!”
Os momentos de angústias e tribulações que deveriam nos aproximar mais de Deus, às vezes nos tiram esse prazer.
Em sua condição humilde o salmista nos ensina que, tais situações não são motivos, para nos esquecermos de Deus.
Aprendemos aqui que, a fonte de pequenez do homem está em si mesmo, enquanto a fonte de sua grandeza está na Palavra de Deus.
O texto é uma afirmação de que podemos confiar na Palavra de Deus e amá-la.
1. PORQUE DEUS É JUSTO (137)
Em relação a expressão “suas leis justas” os vocábulos reto/justo ocorre cinco vezes nestes oito versículos.
A retidão da lei é um tema central deste salmo, onde se unem a justiça e o amor de Deus .
Uma única palavra hebraica (de acordo com o hebraico clássico) era usada para ambas as ideias.
Platão dizia que, o poder mais alto é o bem mais alto, e que esse bem mais alto, é definido pelo vocábulo “justo.”
“Justo és, ó Senhor!” O conceito da natureza divina justa está enfatizado nos versículos 137, 138,142:
- O Senhor é justo,
- Seus juízos são justos
- Sua Palavra é eternamente justa.
- A fonte originária da lei é justa, DEUS.
- O produto, a lei, é reto.
- Os preceitos da palavra,
- As doutrinas do evangelho,
- Os julgamentos de Deus
- Todos os relacionamentos providenciais de Deus com o Seu povo e também o juízo final” tudo é justiça divina pura.
“Justo és, SENHOR!” 137 Deus age de acordo com a sua natureza, e nele nada existe de arbitrário ou de incoerente.
Nos versos 137 e 138 o salmista revela que o caráter de Deus é refletido nas leis que Ele nos dá.
Justo é o vocábulo que expressa plena fidelidade aos planos de bem-estar para as suas criaturas.
Esse é um dos motivos para amar a Palavra de Deus.
2. SUA PALAVRA DÁ DISCERNIMENTO QUE PRODUZ VIDA. (144)
Lembrando que, também, no Novo Testamento, o discernimento é um dom do Espírito de Deus. I Cor. 12:10
O “discernimento” (NVI) da Palavra de Deus é a base das convicções do salmista, e deve ser de todo o crente.
I. Porque é ela a verdade. (142)
Neste versículo a justiça, a imutabilidade e a verdade são atributos de Deus combinados em Sua Palavra.
II. A Palavra de Deus foi dada com justiça eterna. (137)
“Justiça eterna.” A justiça e a retidão de Deus são eternas, e isso se reflete em Sua Palavra.
O Doador é eterno, eterno também é o Seu dom.
III. A Palavra de Deus é plenamente fiel. (138)
“Promulgaste com justiça as tuas prescrições; e com plena fidelidade!” 138
O salmista crê na “Plena fidelidade” da Palavra de Deus porque:
- É alicerçada no Deus fiel
- Numa aliança fiel,
- Confirmada por promessas fiéis,
- Realizada por um Redentor fiel,
- Desfrutada até agora e digna de total confiança para o futuro.
A justiça eterna revelada em Sua Palavra, produz e garante vida eterna nos crentes. 144
IV. Sua Palavra é absolutamente comprovada. (140)
Outra versão bíblica traduz a expressão “absolutamente comprovada” por “Puríssima é a tua palavra”.
A Imprensa Bíblica Brasileira traduz “fiel a toda prova”, na tentativa de preservar mais o original hebraico envolvido.
O hebraico literal diz “expurgado pelo teste".
A Septuaginta diz “testado a fogo.”
A Revised Standard Version traduz as palavras por “tua promessa é bem testada".
Em todas estas versões a figura é do ouro purificado, referindo-se à Palavra de Deus.
A Palavras de Deus é pura em si mesma, como é um agente purificador do coração humano.
O estudo e a meditação da Palavra de Deus tornam os homens puros.
Para o salmista este é o grande motivo para amar a Deus.
Como ele disse: “Puríssima é a tua palavra”. Há pureza na Palavra de Deus:
- Porque procede de uma fonte perfeitamente pura.
- Porque revela uma pureza que de outra forma seria desconhecida.
- Porque trata de assuntos impuros com absoluta pureza.
- Porque inculca a mais perfeita pureza, naqueles que são sujeitos ao seu poder.
Devemos amar a Palavra de Deus porque:
a) Ela revela nossa impureza natural, mostrando-nos como escapar dela.
b) Ela nos amolda à própria pureza de Deus.
c) Para um coração puro a pureza da palavra é um de seus principais fundamentos.
Algumas são as evidências de que alguém ama a palavra pura de Deus:
- Desejo de possuí-la em sua pureza.
- Sujeição ao seu espírito e ensinos.
- Zelo pela sua honra e difusão (W. H. J. P.).
O homem aprende a amar a Palavra de Deus, devido à fidelidade e bondade de Deus para com os homens.
Esse é um dos motivos para amar a Palavra de Deus.
V. Porque Tudo o Que Deus Faz é Correto. (137)
É mais uma consideração da justiça divina que:
- Convence-nos do pecado,
- Reconcilia-nos a experimentar a providência de Deus,
- Incentiva-nos a um desejo de assemelharmo-nos mais a Deus.
- Acorda em nós uma reverente adoração.
- Em seus comandos.
- Em suas ameaças.
- Em seus castigos.
- Em seus juízos.
- Em suas promessas (G. R.). Spurgeon
VI. “Porque a Palavra de Deus produz Alegria!” 143
“Sobrevieram-me angústia e tribulação; todavia teus mandamentos são minha delícia!”
Devemos amar a Palavra de Deus porque ela nos dá vida eterna com alegria.
“Sobre mim vieram tribulação e angústia!”
O salmista estava sendo caçado por seus inimigos, “como cães que seguissem um animal feroz” (Fausset, in loc.).
Armadilhas e covas eram armadas para ele. 85,110
Como em nossos dias, parte de sua tribulação era que ele se deleitava na Palavra de Deus, e continuava protestando contra os perversos que, tinham maculado a sociedade.
CONCLUSÃO
O salmista deixa claro que se queremos compreensão da Palavra de Deus, devemos pedir ao próprio Deus.
Devemos estudar a Palavra de Deus em espírito de oração, dependendo dele para a compreensão dela. 144
Com a expressão “Meu zelo me consome” 139 o salmista refere-se ao seu zelo pela Palavra de Deus.
É um convite a zelarmos da Palavra de Deus:
- Lendo-a e estudando-a cuidadosa e diariamente
- Crendo nela
- Obedecendo-a
- Proclamando-a
A reflexão na exposição profunda e temível do caráter divino faz bem à alma.
O texto diz-nos que, enquanto outros se entregam à aflição e ao desalento, o crente precisa ter disposição de recorrer à palavra para o seu deleite.
Diz-nos que, conectado com a Palavra de Deus o crente pode ter:
- Constantemente uma situação bendita, já que ele nunca precisa ficar sem alegria.
- Desfrutar de delícias vivendo conforme à Palavra de Deus.
A Palavra de Deus é o alimento e a glória da vida verdadeira.
A nossa oração a Deus deve ser que Ele possa conceder-nos a total compreensão, da profundidade, amplitude e da absoluta excelência de Sua Palavra.
Pr.
José das Graças Silva Oliveira
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