ATÉ QUE PASSEM AS CALAMIDADES O CRENTE FICA TRANQUILO
Ao mestre de canto, segundo a melodia
“Não destruas”. Hino de Davi, quando fugia de Saul, na caverna.
57 Misericórdia, ó Deus, Misericórdia! O
Senhor é o abrigo da minha alma; eu me escondo debaixo das suas asas até que passe o perigo. (..as calamidades- Shedd)
2 Pedirei
ajuda ao Deus Altíssimo; Ele é quem cumpre todos os seus propósitos para
comigo.
3 Lá do
céu Ele me manda ajuda e me salva. Ele deixa envergonhados os meus
inimigos. Faz isso porque Ele é fiel e tem grande amor por mim.
4
Estou cercado de leões ferozes; seus dentes são lanças e flechas, e suas
línguas, espadas afiadas.
5 Ó
Deus, seja exaltado; mostre o seu grande poder nos mais altos céus; faça a sua
glória brilhar por toda a terra.
6
Meus inimigos prepararam uma armadilha para mim. Fiquei abatido! Abriram
uma cova no meu caminho, mas eles mesmos caíram nela!
7 Meu
coração está tranqüilo e confiante, ó Deus! Cantarei louvores ao som de
instrumentos!
8
Acorde, minha alma! Acordem, harpas e liras! Vou acordar bem cedo!
9
Entre as nações, em alta voz, cantarei hinos de gratidão e louvor ao
Senhor.
10 Porque
o seu grande amor é maior que os céus. A sua fidelidade vai até as
nuvens!
11
Sim, mostre o seu grande poder nos mais altos céus, ó Deus! Faça a sua
glória brilhar por toda a terra!’
INTRODUÇÃO
Neste salmo há uma declaração clara do infortúnio dos ímpios e da
preservação dos justos.
Na convicção do salmista as calamidades vêm, mas passam.
Estas calamidades podem ser: A guerra, a pestilência, as priovações, a
maior de todas é o pecado, e a morte.
É possível que, os salmos 56 e 57
tenham sido escritos pelo mesmo autor.
Os dois salmos são semelhantes em
seu espírito, conteúdo, estilo e situação.
Teriam sido escritos logo que Davi
escapou-se de Gate, quando ele fugiu de Saul na
caverna, e por isso, pode ser chamado de
“um cântico das entranhas da terra”. (I Sam. 22:1) Spurgeon
Ambos são uma oração, buscando
proteção. (1)
Oração é a arma do homem forte de
guerra, quando sai para a batalha!
O grande detalhe do texto e de todos
os escritos de Davi, é que em momentos de calamidades, nunca devemos nos
afastar de Deus, ao contrário, sempre devemos nos aproximar mais e mais de
Deus.
1. ATÉ QUE PASSEM AS CALAMIDADES, O
CRENTE BUSCA ABRIGO NO DEUS ALTÍSSIMO, E CONFIA EM SUA AJUDA (1-3)
Aqui
temos um Um princípio sobre a oração: “A oração deve ser dirigida ao Deus
Altíssimo!” (1-2)
Clamarei ao Deus Altíssimo (2) Porque
Ele cumpre todos os seus propósitos para comigo (2b)
Refletindo no cuidado que Deus tem pelos seus servos, o salmista visualiza um filhote de pássaro,
buscando a proteção debaixo das asas de sua mãe.
Ilustração: Há uma história muito linda e usada
em EBFs, “A Galinha Dourada” – que, após uma queimada no quintal, foi
encontrada carbonizada, tendo debaixo de suas asas todos os seus pintinhos. Cuidando dos seus filhotes, morreu por eles, e com eles debaixo dos seus cuidados.
Em suas calamidades Deus foi o abrigo
de refúgio para a Davi.
Embora perseguido cruelmente por
terríveis inimigos e correndo risco de morte, o salmista pede o cuidado de Deus e a Sua proteção.
Em nossos momentos difíceis Deus envia Suas providências! Dos céus Ele disponibiliza os
recursos mais excelentes!
Cremos que, “embora Deus seja
Altíssimo, Ele ama, protege e respeita os que confiam nele!”
Diante das calamidades, o lugar mais
seguro da terra é estar “debaixo das asas” protetoras de
Deus.
“O SENHOR é quem te guarda; o SENHOR é
a tua sombra à tua direita! De dia não te molestará o Sol, nem a Lua de noite.
O SENHOR te guardará de todo mal; guardará a tua alma!” Salmo 121:5-7
2.
ATÉ QUE PASSEM AS CALAMIDADES, O CRENTE
CONFIA NO GRANDE E FIEL AMOR DE DEUS.
(3,10a)
O
salmista se sente como um animal caçado por homens ferozes (4), E, diante da situação, ele crê que, a misericórdia e fidelidade de Deus são maiores do que a
crueldade dos seus inimigos.
No texto bíblico podemos contemplar a harmonia dos atributos divinos na salvação: Misericórdia alicerçada sobre
a verdade e a verdade alicerçando a misericórdia.
É
a misericórdia sem injustiça, e a justiça exercida em misericórdia. Spurgeon
O sentido aqui é que, o crente se
refugia na confiança de que a verdade e a misericórdia divinas são suficientes
para dar tranqüilidade ao coração.
3. ATÉ QUE PASSEM AS CALAMIDADES, O
CRENTE CONFIA NA ONIPOTÊNCIA DIVINA. (11)
Diante
das calamidades, o coração do crente fica firme e confiante no grande poder de
Deus.
O coração é o principal instrumento
em todos os atos de devoção, e precisa estar fixado na missão e propósitos de Deus.
O coração precisa estar fixado na
obrigação por meio de uma ação concentrada, atendendo o Senhor sem
distração!” Matthew Henry
O coração é a mente, a vontade, a
consciência e as afeições, tudo trabalhando em prol da vontade e propósitos de
Deus.
O sentido aqui é para o coração
fixado em Deus, em Sua palavra, na salvação e no céu.
É assim que precisamos fixar o
coração.
Ao invés de lamentações e murmurações, o crente
canta e entoa louvores a Deus, tendo como alicerces a verdade e misericórdia
divinas.
O salmo conclui-se exaltando a
soberania universal de Deus.
CONCLUSÃO
Até
que passem as calamidades, o crente fica tranqüilo, se exercer uma profunda
confiança em Deus.
Ao invés de ficar fixado nas calamidades e na terra, o poeta canta, com seus olhos voltados para o céu, com alegria, observando
as bênçãos e vitórias que fluem de lá.
O salmo nos ensina que nas calamidades, há refúgio em Deus e em Sua
misericórdia.
Pela fé, através da oração, devemos
nos refugiar à sombra da onipotência de Deus.
Minha alma está entre leões... Minha alma está muito abatida. (4,6).
A calamidade pode ser muito grande
mas, quem realiza e trabalha pelos que confiam nele, é Deus .
Deus cumpre todas as Suas promessas, guarda, protege, e supre todas as nossas necessidades
entre aqui e o céu.
Deus revela sua onipotência, sua
graça, sua fidelidade, e sua imutabilidade, colocando tudo isso à disposição e serviço dos que confiam nele.
Nós devemos com firmeza, exercitar
a nossa fé, perseverança, alegria e gratidão.
Para o salmista, o fim que Deus tem em vista no Céu e na Terra, neste
mundo pecador e no céu sem pecado é a Sua própria glória. (7-11) Sê exaltado, ó
Deus! (5,11)
Pr. José das Graças Silva Oliveira
Pr. José das Graças Silva Oliveira
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