http://igbavitoria.blogspot.com.br/

sábado, 21 de outubro de 2017

ESTUDO BÍBLICO

OS PILARES DA VIDA DO VERDADEIRO SERVO DE DEUS
Texto Bíblico: Salmo 119: 169-176













169 Chegue à tua presença o meu clamor, Senhor! Dá-me entendimento conforme a tua palavra.

170 Chegue a ti a minha súplica. Livra-me, conforme a tua promessa.
171 Meus lábios transbordarão de louvor, pois me ensinas os teus decretos.
172 A minha língua cantará a tua palavra, pois todos os teus mandamentos são justos.
173 Com tua mão vem ajudar-me, pois escolhi os teus preceitos.
174 Anseio pela tua salvação, Senhor, e a tua lei é o meu prazer.
175 Permite-me viver para que eu te louve; e que as tuas ordenanças me sustentem.

176 Andei vagando como ovelha perdida; vem em busca do teu servo, pois não me esqueci dos teus mandamentos.


TESE: “A providência de Deus é sobrepujante e  origem de todas as boas coisas desta vida e da futura!”

INTRODUÇÃO


TAU é a letra hebraica responsável, por marcar a 22ª estrofe e último conjunto de linhas, louvando a Palavra de Deus neste poema acróstico.
Este é um poema que, se alegra no fato de Deus haver se revelado a seu povo. 
Nele como em todo este capítulo o salmista revela intensa devoção pela palavra de Deus. 
O salmista usou toda a sua poderosa imaginação, para fazer tantas declarações sobre a Palavra de Deus, embora repetindo muitas delas.
O foco da atenção em todo este capítulo está na Palavra de Deus. 
Do início ao fim deste capítulo há uma súplica: “Viva a minha alma!” 175 que, é uma indicação de que o poeta estava em meio à tribulação, quando compôs este cântico.
Para todos e quaisquer situações o salmista nos apresenta “Os pilares da Vida do Verdadeiro Servo de Deus!”
1. É PILAR DO VERDADEIRO SERVO DE DEUS VIDA DE ORAÇÃO DO INÍCIO AO FIM. 169-176 (01-176)
Entre os tipos de oração esta é uma Oração de Súplica.
O autor estava passando por terríveis perigos, até de perder a vida, porque ímpios queriam destruí-lo. Por isso pede que Yahweh o ajude. (95, 149)
O salmista nos ensina a, em oração buscar somente em Deus a nossa segurança. (117)
  • Ele levantava no meio da noite para orar e pedir ajuda. (147-148)
  • Ele levantava de madrugada, antes do amanhecer, para orar. (147)
Aqui o acesso a Deus é definido como "meu clamor" e "minha súplica".
O salmista deseja que, Deus ouça sua oração, e a responda com graça. 
Ele pede mais auxílio para apreciar a palavra de Deus e o modo de ministrá-la às suas necessidades.
Também renova o seu pedido por livramento. 
Quando se refere a "Mão" (173), mão é um sinônimo de "poder", como em  “Vocês não vêem que EU SOU, somente EU, e que não existe nenhum deus além de MIM?! Eu mato e faço viver. Eu machuco e faço sarar. Ninguém escapa do meu poder!” Dt 32.39 
O apelo do salmista é por uma demonstração da ação divina em resgatá-lo de seu problema.
Ele nos ensina que, vida de oração é um dos pilares de um verdadeiro crente. 
2. É PILAR DO VERDADEIRO SERVO DE DEUS, VIDA SUSTENTADA PELA PALAVRA DE DEUS (01-176)
Ele teria que, concluir este salmo com esta palavra, porque o seu tema em todo este capítulo é o sustento do crente pela Palavra de Deus.
  • Por escolha própria. 173
  • Fazendo da Palavra de Deus o seu prazer. 174
Desde o primeiro capítulo o salmista fala que, “o prazer do crente tem de ser meditar na Palavra de Deus,” e é assim que, na última estrofe termina o capítulo 119 o mais longo do livro dos salmos. 
“Dá-me entendimento!” 169 é uma súplica que sumaria o desejo de ter discernimento da vontade de Deus, para que pudesse agir obedientemente. 
Aprendemos com ele que, para obedecer é preciso conhecer a vontade de quem deve ser obedecido.

Neste padrão acróstico de repetitividade das ideias principais o poeta usa os característicos da poesia hebraica com grande maestria, para expressar sua plena devoção à palavra de Deus. Para o salmista a Palavra de Deus:

  • Nutre sua esperança, 
  • Forma seu caráter, 
  • Guia-o para a vida.

O Com. Bíblico Moody diz que, o Salmo 119 é a “Torá do Senhor!” 
O propósito principal do salmista é glorificar a Torá (a lei ou os ensinamentos de Deus).
Ele usa alguns sinônimos para a Palavra de Deus em quase todos os versículos deste salmo tais como: 
  • lei 
  • testemunho 
  • preceitos 
  • juízos 
  • mandamentos 
  • estatutos 
  • decretos 
  • caminho 
  • vereda
  • Promessa
  • palavra
O uso destes termos é distribuído por todas as vinte e duas estrofes, e em algumas delas nunca menos que seis vezes. 
Há algumas expressões variantes, tais como: 
  • "Caminhos" (3,15) 
  • "Fidelidade" (90)
Aprendemos com o salmista que, diante dos desafios da vida um excelente caminho para ser ajudado, é escolher a Palavra de Deus:
  • como possessão 
  • como guia absoluto 
  • Para amá-la 
  • Para nela deleitar-se 
  • Para guardá-la no coração
  • Para obedecê-la
Em meio a todas as nossas experiências, devemos aprender com o salmista que, não importa qual seja a situação, a Palavra de Deus é justa e fiel. 
Já próximo ao fim de sua vida, Moisés põe diante de Israel as alternativas de "vida e prosperidade", estimulando o povo a "escolher a 'vida', amando ao Senhor, e andando em seus caminhos, e guardando seus mandamentos, decretos e leis!" (Deuteronômio 30.15, 16). 
Esta é a escolha que o salmista  propõe a cada servo de Deus que, queria ser feliz e ter vida abundante.
Em nosso salmo de hoje o seu escritor fala de sua própria escolha responsável. 173
Ele escolhe seguir os caminhos do Senhor; e, quando o salmo termina, ele reafirma seu deleite na Palavra de Deus. 
A Palavra de Deus é um dos pilares de um verdadeiro crente. 
3. É PILAR DO VERDADEIRO SERVO DE DEUS  LÁBIO TRANSBORDANTE DE LOUVOR. 171-172
“Meus lábios transbordarão de louvor,” 171, literalmente, “meus lábios produzam uma corrente de louvor!”
“Permite-me viver para que eu te louve...!” 175
Viva a minha alma, para louvar-Te!” 175
Na teologia dos antigos hebreus somente uma pessoa fisicamente viva poderia louvar a Deus.
A sua teologia não contemplava a vida pós-túmulo para os bons nem para os maus.
Nos salmos e nos profetas começou a vir à tona a "Doutrina da Sobrevivência da Alma" imaterial e imortal.
O profeta Daniel definiu isso de maneira clara e objetiva: “E muitas pessoas cujos corpos estão enterrados, ressuscitarão. Alguns receberão a vida eterna; alguns receberão castigo e vergonha eternos!” Daniel 12:2 VIVA
Várias vezes encontramos no salmo 119 o vocábulo “louvor”: como nos versos 7, 164, 171 e 175.
Louvor é a resposta adequada do crente  à misericórdia de Deus, principalmente quando associada à gratidão.
O louvor à Palavra de Deus é o principal tema deste capítulo e de todo o livro dos salmos. 
Declarações de louvor estão entre as melhores manifestações em todo este capítulo dos salmos.
Quando alguém aprende a Palavra de Deus, simultaneamente aprende, também a expressar louvores a Deus, porque:
  • Vê a lealdade de Deus no cumprimento de Sua Palavra.
  • Experimenta os benefícios da fidelidade à Palavra de Deus.
O salmista tinha como prazer e responsabilidade, louvar diariamente ao Senhor.
Em meio a todas as suas experiências, ele sabe que os mandamentos de Deus são justos, e por isso louva a Palavra Deus. 
Nós, também, devemos louvar a Palavra de Deus, por ser ela reta, e contribuir para a justiça!
Como traduziu Kimchi: “Minha língua louvará a Tua Palavra, porque ela é inteiramente justiça!” 172
Louvor é um dos alicerces de um verdadeiro crente. 
4. É PILAR DO VERDADEIRO SERVO DE DEUS A CONFISSÃO COMO VIRTUDE. (176)
O sábio escritor do livro de Provérbios disse:  "O que encobre as suas transgressões, nunca prosperará, mas o que as confessa, e as deixa, alcançará misericórdia!" Prov. 28:13
Em nosso texto o salmista disse: “Andei vagando como ovelha perdida; vem em busca do teu servo, pois não me esqueci dos teus mandamentos!” 119:176
Este versículo nos ensina algumas verdades práticas:
  • Estamos inclinados para nos desgarrar.
  • Deus tem que nos buscar ou não há esperança.
  • Somente a sabedoria da palavra de Deus pode nos restaurar.
  • Para os desgarrados a Palavra de Deus é o caminho certo para o retorno. 
  • Como disse o salmista, se alguém estiver em perigo de pecado, a Palavra de Deus oferece o meio de escape.
Anteriormente ele havia dito: “Guardei no coração a tua palavra para não pecar contra ti!” 119: 11
A confissão: "Andei vagando". 176
Os mais altos vôos de devoção humana precisam terminar em confissão de pecado: "Andei vagando como ovelha perdida"
As mais sinceras profissões de fidelidade humana precisam dar lugar ao reconhecimento de desamparo: "Busca teu servo".
As mais sinceras declarações humanas de amor à Palavra de Deus precisam descer ao reconhecimento lamentoso, de que só não esquecemos dela. (C. A. D.). 
Mesmo sendo considerado o número um de Israel, um homem espiritual, o salmista faz esta confissão: “Andei vagando como ovelha perdida!” 176
Para esta confissão do salmista há uma resposta fundamentada na Bíblia: Todos são pecadores, e não precisa muito, para cada um lembrar-se de pecados cometidos. Rom. 3:23
Mesmo por todos os salmos professando profundo amor e devoção aos mandamentos de Deus, o salmista exemplarmente termina este salmo com uma nota de confissão. 
O salmista tem vagueado como uma ovelha perdida, e por isso pode partilhar da confissão de Isaías: "Todos nós, como ovelhas, temos nos transviados" Isaías 53.6
O salmista e Isaías usam o mesmo verbo hebraico.
Confissão é um dos alicerces de um verdadeiro crente. 
5. O PRINCIPAL PILAR DO VERDADEIRO SERVO DE DEUS É TER A SALVAÇÃO COMO ALVO. 174
“Senhor, anseio pela tua salvação!” 174
Vários vocábulos neste texto significavam “salvação”: 
  • libertação 
  • ajuda. 
  • livramento do insensato homicida. 
  • segurança. 
“Como ovelha perdida” é uma figura comum nas Escrituras, sempre evidenciando a necessidade do único que é o Grande e Sumo Pastor que a alma precisa: DEUS! 
A ovelha perdida é aquela que, jamais encontrará sozinha o caminho de volta.
Tendo admitido, assim, sua situação, a oração final do salmista ao seu Pastor é para que Este busque a ovelha perdida: “Busca o teu servo!”
Com um tom de dependência da graça de Deus o seu autor termina este salmo.
Esta sua conclusão nos ensina que, para viveremos uma vida tranquila, sensata, abençoada e vitoriosa, precisamos de Deus.

Este é o grande  alicerce de um verdadeiro crente. 

CONCLUSÃO
Em tom de dor,  tristeza, e estresse o salmista comunica inabalável confiança no Senhor, e apela para o Seu auxílio. 
Professando profundo amor e devoção aos mandamentos de Deus, o salmo termina com uma nota de confissão. 
Neste salmo o seu autor usa o quadro da ovelha desgarrada, para ensinar a preocupação divina com os perdidos. (Lc 15.4-7).
Em oração e súplica, o salmista confia na palavra do Senhor (169-170). 
Ele escolhe os preceitos de Deus (173)
Declara a sua intenção, de permanecer firme sobre os fundamentos dos ensinamentos divinos, e roga do Senhor auxílio espiritual para o futuro. 
Seus lábios e sua língua são colocados a serviço da Palavra (171-172). 
Aprendemos aqui que,  não devemos escolher nada, nem fazer nada nesta vida, sem  pedir ajuda de Deus: "Com tua mão vem ajudar-me". 173
Este salmo acróstico nos revela que, em todas os desafios da vida os pilares do crente, do verdadeiro servo de Deus são:
  • Vida de oração do início ao fim
  • Vida sustentada pela Palavra de Deus
  • Lábios transbordantes de louvor e gratidão por tudo que o Senhor tem feito por nós.
  • Confissão como virtude
  • Salvação como alvo.
Esta é, também, a receita certa para os nossos dias, para se obter uma vida abençoada e vitoriosa.

APELO

Se a sua vida não tem sido vitoriosa, não tem tido sentido, é possível que, esta seja a hora, de você avaliá-la, para ter a certeza que, não está com os valores invertidos quanto aos seus pilares.

 Pr. José das Graças Silva Oliveira