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domingo, 20 de dezembro de 2015

ESTUDO BÍBLICO

           
O MAIOR MOTIVO DE LOUVOR PARA O CRENTE
Texto Bíblico: Salmo 117

O mundo deve adorar a Deus
117 Nações todas, louvai o SENHOR; povos todos, glorificai-o!
2 Porquanto seu amor nos ultrapassa, e a fidelidade do SENHOR é para toda a eternidade. Aleluia!

Tese: “O louvor enaltece o coração de Deus e amolece o coração do homem em tempos de adversidades!”

INTRODUÇÃO
Mais um ano chega ao seu final. É hora de olhar para trás e fazer um balancete para ver o que foi planejado e não realizado, e ao mesmo tempo, olhar para o ano que se aproxima vendo nele muitas oportunidades que Deus estará oferecendo a todos.
O nosso salmo em estudo é próprio para ocasiões como esta, porque, apesar de tantos momentos difíceis que passamos, ele nos faz ver que, sempre há bons motivos para louvar e agradecer ao Senhor.
Este salmo tem algumas particularidades interessantes:
  • Ele é o mais breve do Saltério, 
  • É o capítulo mais curto de toda a Bíblia.
  • Marca o meio exato de toda a Bíblia.
  • Entre os salmos do “Aleluia Egípcio” ele pode ser considerado uma conclusão vitoriosa dos salmos 111 a 116. 
Ele faz parte dos “Salmos de Hallel”, “Salmos de Louvor”, e salienta que, o maior motivo de louvor para todos é o amor leal de Deus.
Como é maravilhoso em um mundo "cão" como este em que vivemos, cheio de rancores, corrupção, violência, e ódio, contemplarmos este Deus Criador que, a todos nós ama leal e eternamente.
Podemos entender que, a palavra chave deste salmo seja “aleluia”, “louvor” que aparece por três vezes. 
Esses salmos eram usados durante as três festas anuais que requeriam a presença de todos os varões hebreus:
  • Páscoa, 
  • Pentecostes, 
  • Tabernáculos. 
Nos dois versículos aparece o vocábulo “aleluia”. 
O maior motivo para este louvor é o “amor  fiel”, com o qual Deus tem abençoado seu povo por toda a terra. 
O profeta Isaías foi profeta entre o sétimo e oitavo séculos antes de Cristo, e nesse tema profetizou, referindo-se a Jesus Cristo: 
“Naquele dia, a raiz de Jessé, que se erguerá com um sinal para os povos, será procurada pelas nações, e a sua morada se cobrirá de glória!” (Is 11.10).
Pelo seu tamanho há uma possibilidade que, este salmo tenha sido escrito, para ser cantado como Prelúdio ou Poslúdio dos cultos dos hebreus. 
Porém, é um hino do Saltério que, em todos os tempos têm sido entoado como antídoto para a depressão, temor e para muitas horas desafiadoras da vida.
O coração mais cansado pode ser encorajado pelo louvor que, é um antídoto para a preocupação. 
Há poder no louvor a Deus. O louvor cura,  liberta, e tem levado muitos à salvação eterna.
No louvor recordamos razões pelas quais devemos encorajar-nos.
Neste poema o antídoto contra todas as nossas exaustões é o maior motivo para o nosso louvor a Deus.
1. ESTE MAIOR MOTIVO DE LOUVOR É O AMOR LEAL DE DEUS (2)
O destaque deste salmo é a bondade de Deus cheia de misericórdia porque: (2)
I. Nosso pecado merece o inverso da bondade. Merece punição!
II. Nossa fraqueza requer grande ternura, e ela só pode ser encontrada dentro da esfera do amor leal de Deus.
III. Nossos temores só podem ser removidos com a graça de Deus.
O autor diz que, mui grande é a misericórdia de Deus. (2)
Vários comentaristas afirmam que, este versículo, pode ser visto, como uma meditação da verdade dita ao povo hebreu durante a caminhada rumo à Terra Prometida: 
“E, como prometera, passou diante de Moisés proclamando: ‘Yahweh, Yahweh, Deus compassivo e misericordioso, longânimo, cheio de amor paciente e fiel que, persevera em seu amor dedicado a milhares, e perdoa a malignidade, a rebelião e o pecado...!” Êx 34.6-7ª)
Este é um salmo componente da  Aliança de Deus com o seu povo, e celebra o relacionamento de Deus com os seus servos. 
“Porque mui grande é a sua misericórdia!”, é o motivo para todos os povos louvarem a Yahweh. 
Deus deve ser sempre louvado e exaltado, porque Ele é o “Summum Bonum”, o Supremo Benfeitor, de todos os povos, e tudo quanto faz, o faz movido pelo Seu amor.
II. ESTE É O MAIOR MOTIVO DE LOUVOR PORQUE É UNIVERSAL. (1-2)
O Criador é, igualmente, o Benfeitor de toda a criação, e Sua providência é universal.
O livro dos Salmos é sem dúvida alguma, um dos que mais enfatizam a universalidade de Deus, e de tudo atinente a Ele. 
Outros salmos, como este, conclamam todos os povos, raças, nações e culturas a louvarem o Nome do Senhor:
“Povos todos, batei palmas, aclamai a Deus com vozes de alegria! (47.1)
“Ergam-te graças todos os povos. Que todas as nações louvem a Ti. Alegrem-se e exultem as nações, pois governas os povos com retidão e reges na terra todos os povos. Louvem-te os povos, ó Deus; que te exaltem todas as nações! (67.3-5)
“Famílias de povos, tributai ao SENHOR, rendei ao SENHOR glória e poder!” (96.7)
“Aclamai o SENHOR, terra inteira! Louvem- no com cânticos de júbilo e ao som de música!” ( 98.4)
“Aclamai com júbilo ao SENHOR, todos os habitantes da terra! Rendei culto ao SENHOR com alegria,
vinde à sua presença com cânticos de louvor. ( 100.1-2).
Este é um salmo que, ultrapassa todas as barreiras de raças, nacionalidades, e culturas.
O poema é uma convocação  a todos os povos, para louvarem o Nome do Senhor, dando como motivos: 
I. Deus Único e o mesmo em todo o Universo. Só Ele é digno de adoração, veneração e louvor. O que passa disso, é idolatria pura!
II. O culto estabelecido pela Palavra de Deus, deve ser prestado ao Deus da Sua Palavra. O que passa disso, é pura idolatria!
III. O maior motivo para o louvor a Deus é o mesmo: O amor leal e universal de Deus!
Neste poema “louvai-o” (1) significa falai bem dele, e diferente, no original, do primeiro louvai, o qual significa exultai, formando um belo paralelo. 
palavra hebraica traduzida por "nações"  significa, aqui, todos os povos além dos judeus. 
A palavra traduzida por "povos" refere-se a grupos populacionais menores de etnia e linguagem em comum, como as comunidades indígenas, etc.
É o Novo Testamento que, na palavra de Jesus Cristo registra o maior exemplo da universalidade do amor de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que, deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna!” (João:3:16)
Desta maneira nós, os crentes em Jesus Cristo, temos Nele, mais um grande motivo para louvar a Deus.
Sobre o nosso salmo em estudo o apóstolo Paulo sentia nele, como deixou claro, o germe da grande doutrina da universalidade do reino messiânico:
“E diz ainda: Alegrai-vos, gentios, juntamente com o seu povo’. E mais: Louvai ao SENHOR, todos os gentios, e louvem-no todos os povos!” (Rom. 15.10-11)
Realmente, a universalidade do amor leal e eterno de Deus é o grande motivo de louvor para o crente.
3. OS  ATRIBUTOS DE DEUS NESTE SALMO REALÇAM O SEU AMOR 
Neste salmo há alguns atributos de Deus que, ornamentam o seu amor pelos homens:
  • Deus é o Senhor. (1,2)
  • Deus é fiel. (2)
  • Deus é Eterno! (2)
  • Deus é amor! (2)
Mesmo sendo Senhor, Fiel, Eterno, Onipotente, Onisciente, Onipresente, Ele se coloca do lado de cada um de nós, para ajudar-nos, proteger-nos, perdoar-nos e Salvar-nos. Spurgeon afirma que, o atributo da eternidade de Deus é apresentado nas seguintes formas (2):
I. Em seu atributo - Ele é sempre fiel. (2)
II. Em sua revelação – é sempre infalível. A sua palavra sempre se cumprirá!
III. Em tudo o que Ele faz - sempre o faz de acordo com sua palavra e promessas.
É este o Deus que toda a humanidade deve crer nele, adorá-Lo, louvá-Lo e buscá-Lo.
CONCLUSÃO
Este poema é um salmo descritivo do poder de Deus.
É uma chamada ao louvor que, propaga-se de Israel para todas as nações da terra. (1)
O seu personagem  é Deus, cujo amor leal por nós é imenso e eterno. 
Yahweh havia se revelado de uma vez por todas a seu povo, como o Deus que faz promessas de amor e graça, e as cumpre.
Um dos motivos pelos quais todos os povos devem louvar a Deus, é o Seu amor leal para com Israel e para com todos.
Louvai ao Senhor! É a expressão de “aleluia” de conclusão!
Aleluia! É uma exclamação de triunfo por meio da misericórdia de Deus.
Este salmo trata do Governo e das Bênçãos Universais de Deus. 
Champlin ilustra este salmo, falando de um renomado ensaísta inglês que, contou a história de Bulstrode Whitelock, embaixador da Inglaterra em Haia, Holanda. Os tempos dele foram muito perturbados, e o embaixador, cheio de preocupações diplomáticas, não conseguia dormir. Um servo tentou aliviar a tensão dele por meio do seguinte diálogo: 
- “Senhor, posso fazer-lhe uma pergunta?". 
“Certamente'', respondeu o embaixador. 
- “Senhor, Deus governava bem este mundo, antes de o senhor chegar aqui?" 
“Sem dúvida", replicou o embaixador britânico. 
- "E Ele governará bem este mundo, quando o senhor sair dele’" 
“Sem a menor sombra de dúvida", foi a resposta do cavalheiro inglês. 
- “Então, senhor, não pode o senhor confiar que Ele governará bem este mundo enquanto o senhor continua aqui?" 
“O embaixador não respondeu, mas, voltou-se para o outro lado da cama, e dormiu”. 
Só o Deus Criador de tudo o que existe tem este poder de dar paz e tranquilidade ao coração angustiado.
Aleluia! Louvado seja Deus quanto ao Seu amor e fidelidade, pois em Cristo nenhuma promessa de Deus jamais falhará. 
Aleluia! Louvado seja Deus por Sua graça superabundante e eterna veracidade. 
Por tudo isso, “Aleluia!” Todos os povos, de todos os lugares, em todos os tempos, e em todas as nações, louvem-No!


Pr. José das Graças Silva Oliveira

domingo, 13 de dezembro de 2015

ESTUDO BÍBLICO

DEVEMOS AMAR PLENAMENTE AO SENHOR
Texto Bíblico: Salmo 116

Ações de graças pela salvação
116 Eu amo o SENHOR, porque Ele ouve minha voz e as minhas orações.

2 Porque inclinou para mim seu ouvido e, portanto, enquanto eu viver, o invocarei.

3 Os laços da morte me envolveram e, surpreendido pelas tribulações do inferno, encontrava-me em profunda angústia e tristeza.
4 Invoquei o Nome do SENHOR: “Ó, SENHOR, liberta-me!”
5 O SENHOR é benevolente e justo, nosso Deus é misericordioso.
6 O SENHOR cuida das pessoas simples; quando já não tinha mais forças, Ele me salvou.
7 Volta, minha alma, ao teu repouso, porquanto o SENHOR tem sido generoso para contigo!

8 Visto que me livraste da morte; das lágrimas, meus olhos, e meus pés, da queda,
9 andarei na presença do SENHOR, na terra dos vivos.
10 Conservei a confiança, mesmo quando dizia: “Estou sobremodo aflito”.
11 Eu dizia em minha consternação: “Ninguém é digno de confiança!”
12 Como poderei retribuir ao SENHOR todos os seus benefícios para comigo?
13 Elevarei o cálice da salvação e invocarei o Nome do SENHOR.
14 Cumprirei meus votos para com o SENHOR na presença de todo o seu povo.
15 Custa muito ao SENHOR ver morrer seus fiéis.
16 Ah! SENHOR, bem que sou teu servo. Sim, sou teu servo, filho de tua serva; livraste-me dos meus grilhões.
17 Eu te oferecerei um sacrifício de ação de graças, invocando o Nome do SENHOR.
18 Cumprirei meus votos para com o SENHOR, na presença de todo o seu povo,
19 nos átrios da Casa do SENHOR, no seu interior, ó Jerusalém. Aleluia!  KJA
Tese: “Deus sempre se põe bem próximo, quando seu povo sofre, e o abençoa quando o seu povo ora!” 


INTRODUÇÃO


Este salmo, refere-se à libertação do Egito e também à libertação do cativeiro na Babilônia. F.B.Meyer 
É um poema que, retrata o servo de Deus vencendo pesadelos insuportáveis com dor até na alma.
A Teologia da Prosperidade  atualmente, prega e ensina que, um crente não tem problemas e que, se os tem, é porque não é verdadeiramente crente. 
Se pensássemos assim, para sermos honestos, não deveríamos crer em Cristo que sofreu muito e morreu em sofrimentos numa rude cruz.
E o apóstolo Paulo que, dos 27 livros do Novo Testamento, escreveu 13. Ele  cita tantos sofrimentos em sua vida!
Pedro e João foram  presos várias vezes.
Tiago morreu martirizado, cortado ao meio com uma espada. 
O livro de Atos cita a dispersão dos crentes da Igreja Primitiva, fomentada por uma grande perseguição contra ela. 
Lucas registra que, essa perseguição à Igreja Primitiva começou com a  morte de Estêvão: "E Saulo estava aprovando o assassinato de Estêvão. Daquele dia em diante, estabeleceu-se grande perseguição contra a Igreja em Jerusalém. Todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judeia e de Samaria!" (Atos 8:1)
O salmista destaca neste salmo em estudo que, mesmo os melhores servos de Deus podem passar por momentos muito difíceis em suas vidas.
Ele cita algumas situações muito desafiadoras na vida deste servo de Deus descrito neste lindo poema:
  • Surpreendido pelas tribulações infernais. (3)
  • Sobremodo aflito. (10)
  • Profunda angústia, (3)
  • Profunda tristeza, (3)
  • Com forças esvaídas, (6)
  • Lágrimas (8)
  • Consternado (11)
  • Preso por grilhões. (16)
  • Rodeado de falsidades (11)
  • Envolvido pelos laços da morte. (8)
Em tom de gratidão o salmista canta as doces experiências pessoais da misericórdia libertadora de Deus.
Uma das melhores informações sobre este salmo, e que lhe enche de valor, diz que, o nosso divino Mestre cantou este hino. Spurgeon
O apóstolo Paulo, também, o citou: "Assim está escrito: Cri, por isso declarei!' Com esse mesmo espírito de fé, nós igualmente cremos e, por esse motivo, falamos!" (II Cor. 4:13) KJA
Dentro do panorama apresentado neste poema, encontramos muitos motivos para amar a Deus plenamente:
1. PELOS ATRIBUTOS QUE SÓ ELE TEM, ELE MERECE SER AMADO
Como basicamente em todo o livro de Salmos neste poema o salmista cita vários atributos de Deus:
  • Ele é o Senhor. 
O nome Yahaweh – "Senhor" ocorre 15 vezes e Yah uma vez.
  • Ele é benevolente. (5,12)
  • Ele é justo (5)
  • Ele é misericordioso. (5)
  • Ele é generoso. (7)
  • Ele é o Salvador. (6)
  • Ele é imutável (1-2)
Para falar sobre a imutabilidade do SENHOR, ele fala do seu relacionamento com Deus (1-2): 
  • No passado - "Ele ouviu"
  • No presente - "Eu amo".
  • No futuro - "Eu o invocarei".
Em todo o tempo e sempre Deus está disponível para abençoar os seus servos, quando eles o buscam.
Com toda essa capacidade única Deus revelou a sua bondade em sua resposta ao pedido do salmista.
“Deus não se põe à distância, quando seu povo sofre, e o abençoa quando o seu povo ora!” Por isso devemos amá-Lo plenamente. 
2. PORQUE ELE OUVE AS ORAÇÕES DOS SEUS SERVOS. (1)
“Eu amo o SENHOR, porque Ele ouve minha voz e as minhas orações! (1)
Aqui o salmista diz que o amor a Deus é pessoal, e nutrido por uma experiência pessoal de redenção.
Este é o tema deste salmo, e nele vemos os remidos:
  • atendidos quando oram,
  • conscientes de que não pertencem a si mesmos,
  • valorizados com alto preço, 
  • unindo- se com todo o grupo dos resgatados para cantar louvores a Deus. 
Este salmo é uma declaração de amor e fé no Senhor:  "Elevarei o cálice da salvação e invocarei o Nome do SENHOR. Cumprirei meus votos para com o SENHOR na presença de todo o seu povo!" (13-14). 

O destaque do texto é o testemunho pessoal.
Ele defende duas verdades claras no poema:
I. A qualidade da adoração e louvor a Deus está no testemunho pessoal.
Adoração e louvor a Deus antes de ser uma expressão coletiva, é o testemunho pessoal de cada crente que:
  • Reconheceu a grandeza do seu amor leal e perdoador. (Romanos 5.8). 
  • Aprendeu a amar plenamente ao Senhor.

    Esta é uma verdade defendida pelo salmista.
    II. O servo de Deus invoca o Nome do Senhor, porque tem a certeza que, Ele ouve sempre. 
    O profeta Elias tinha essa certeza, quando sozinho desafiou os adoradores de Baal: “Então Elias exclamou diante do povo: ‘Sou o único dos profetas de Yahweh que restei; no entanto, os profetas de Baal são quatrocentos e cinqüenta. Deem-nos dois novilhos; que eles escolham um para si e depois de esquartejá-lo o depositem sobre a lenha, sem lhe atear fogo. Prepararei outro novilho sem lhe pôr fogo também. Invocareis depois o nome de vosso deus, e eu invocarei o Nome de Yahweh: a divindade que responder enviando fogo, esse é Deus! E todo o povo respondeu a uma só voz: ‘Falaste com sabedoria. Assim seja.” (1Rs 18.22,24).
    • Deus ouviu a oração de Elias, e o protegeu.
    • Os profetas de Baal foram envergonhados, e todos morreram à espada.
    Quando os servos de Deus oram, Deus não os decepciona, por isso devemos amá-Lo plenamente .
    3. PORQUE ELE LIBERTA DO QUE INCOMODA. (4)
    “Invoquei o Nome do SENHOR: “Ó, SENHOR, liberta-me!” Visto que me livraste da morte; das lágrimas os meus olhos, e meus pés da queda!” (4,8)
    Esta é uma das mais lindas expressões do amor libertador de Deus:
    • “Pois livraste da morte a minha alma!
    • das lágrimas os meus olhos!
    • E da queda os meus pés!” 
    Este é um salmo do “Aleluia Pascoal”, e podemos reconhecer isso na expressão “cálice da salvação” que, pode nos levar a duas interpretações plausíveis:
    I. O “cálice da salvação” pode ser uma metáfora que , contrasta com a expressão "cálice da ira de Deus”.
    "Cálice da ira de Deus” “é o cálice que O SENHOR tem na mão e dá de beber dele a todos os ímpios da terra até a última gota!” (Sl 75.8)
    Neste caso o “cálice da bênção” é o cálice cheio das bênçãos que, Deus derrama sobre os seus servos, incluindo a salvação. 
    II. A outra interpretação relaciona-se com a libertação do cativeiro no Egito. 
    Pode ser uma nota memorial sobre a libertação. (13)
    • Relembrando e celebrando com gratidão a libertação dos primogênitos dos filhos dos israelitas, quando o anjo da morte passava.
    • Relembrando e celebrando o dia da libertação dos israelitas da escravidão e saída do Egito.
    Pode ser um canto pessoal de um servo de Deus, referindo-se à Páscoa de sua própria servidão e livramento, relembrando com gratidão, e louvando ao Senhor.
    O memorial do crente em Cristo é a Ceia do Senhor que, relembra, celebra, e agradece a Deus pelo sacrifício de Cristo, para libertar do pecado e salvar da perdição eterna, todo aquele que nele crer. 
    O evangelista Mateus registrou: "Enquanto comiam, Jesus pegou um pão, deu graças, quebrou-o, e o deu aos seus discípulos, recomendando: 'Tomai, comei; isto é o meu corpo! Em seguida tomou um cálice, deu graças e o entregou aos seus discípulos, proclamando: 'Bebei dele todos vós! Pois isto é o meu sangue da aliança, derramado em benefício de muitos, para remissão de pecados!" (Mateus  26:26-28)
    Ceia do Senhor!  “o cálice do Senhor” que para nós é:
    I. Um memorial do sacrifício de Cristo para a nossa salvação.
    II. Uma confirmação de nossa fé nele.
    III. Uma evidência de nossa obediência a ele.
    IV. Uma forma de expressar nossa comunhão nele e com ele.
    V. Nossa certeza de beber o cálice futuramente com ele lá na glória.
    O objetivo deste salmo pode ser, também, alcançar com "uma mensagem de alento", a todos os que estão “envolvidos com qualquer situação que precise de libertação” .
    A mensagem é que, quem pode dar a bênção e vitória da libertação, é somente Deus.
    Como disse o salmista o “repouso” do crente está no Senhor. (7) 
    O seu conselho é “Colocar a vida nas mãos do Senhor, fazer a vontade dele, crer nele, esperar e descansar nele!” (Salmo 37:4-8) 
    Por isso devemos amar plenamente o Senhor. 
    4. PORQUE ELE CUIDA DAS PESSOAS SIMPLES. (6)
    A expressão “pessoa simples” aqui, tem o sentido de “semelhante a uma criança”: 
    I. em sua fé no Pai,
    II. em seu senso de confiança no Pai (19.7).
    III. em seu senso de dependência do Pai
    É uma situação como aquela "do barco quase à deriva em alto mar, quase todos apavorados, e uma criança bem tranquila, como se nada estivesse acontecendo, sorrindo, brincando e se deleitando com tudo o que via, e que estava acontecendo.
    Uma das pessoas que ali quase morria de medo, vendo a simplicidade daquela criança, perguntou-lhe:“Você não está com pavor?”
    - Não! Respondeu a criança!
    A pessoa fez outra pergunta: “E porque todos estão quase morrendo de pavor e você não?”
    - A criança respondeu: “Meu pai é ‘o comandante do barco!”
    Esta é a mensagem do salmista neste poema que, sendo Deus o nosso comandante, não há o que temer, porque as bênçãos e vitórias estão garantidas.
    Por isso devemos amar plenamente o Senhor. 
    5. MANIFESTAÇÕES DE AMOR PARA COM DEUS
    Deus mostrou seu amor pelo salmista ao ouvir a sua oração, e por isso ele alicerça o seu amor no próprio amor de Deus. 
    E deixa claro, como se comprova o amor do crente a Deus: 
    I. Amando-O toda a vida (2) 
    Para o salmista somente o Senhor pode nos oferecer seu amor leal e livramento incondicional. 
    Por isso o nosso amor a Ele precisa ser, também, “amor para toda a vida”, como foi o de Enoque que, “depois que gerou Matusalém, andou com Deus mais trezentos anos...!” (Gn 5.22)
    Assim se comprova o  amor a Deus!
    II. Andando na presença dele. (9) 
    Esta foi a primeira de todas as exigências de Deus em seu Pacto com Abraão: “Quando Abraão completou noventa e nove anos, o SENHOR lhe apareceu e declarou: “Eu Sou El-Shaddai, Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê íntegro!” (Gn. 17.1).
    Andar com Deus é viver em comunhão, alegria e obediência a Ele. 
    Assim se comprova o  amor a Deus!
    III. Conservando a confiança nele. (10)
    O texto reconhece as terríveis e persistentes provações na vida do crente.
    Reconhece, também, que, todos os seres humanos, mesmo que os seus vínculos afetivos sejam os mais fortes e íntimos, a esperança que oferecem de real ajuda é bastante frágil, relativa e limitada, e em dois textos o salmista expressou muito bem esta verdade: 
    “Dá-nos a tua ajuda contra o inimigo, porquanto inútil é o auxílio dos homens! Só com Deus conquistaremos a vitória, pois é Ele quem destrói todos os nossos adversários!” (60.11-12)

    “Melhor é refugiar-se junto ao SENHOR do que depositar qualquer confiança na humanidade. Melhor é buscar refúgio no SENHOR do que confiar em príncipes! (118.8,9).

    Outras manifestações de amor paras com Deus:
    • Cumprir os compromissos assumidos com Ele. (14,18)
    • Servi-Lo sempre. (16)
    • Ser-Lhe grato sempre. (17)
    Diante de toda a exposição do salmista o mais sensato a fazer, é amar ao SENHOR, andar com Ele e nele crer perseverantemente.
    CONCLUSÃO
    Spurgeon diz que este salmo é uma Profissão de Fé de um servo de Deus, enfatizando três faces de sua vida:
    I. A devoção da alma – “Eu amo o SENHOR!” (1)
    II. A conversão da vida – “Andarei na presença do SENHOR, na terra dos vivos!” (9)
    III. Testemunho público –“Cumprirei meus votos para com o SENHOR, na presença de todo o seu povo” (14,18) 
    Este testemunho público é proclamar publicamente os grandes atos de Deus.
    Uma bela nota do salmista é sobre a morte dos servos de Deus: “Custa muito (é preciosa) ao SENHOR ver morrer os seus fiéis!” (15)
    A morte que humanamente pode parecer uma tragédia, para Deus é a promoção dos Seus servos para a glória eterna. 
    O custo foi o sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário. 
    Por isso Paulo tinha essa convicção: “Porque para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro!” (Fil. 1:21)
    Este é um dos grandes motivos para amar plenamente o SENHOR. Amém!

    APELO
    Você ama plenamente o Senhor?
    Amá-Lo plenamente, é amá-Lo acima de tudo que o envolve?
    Aqui estão vários dos motivos para decidir a amar a Deus.


    Pr. José das Graças Silva Oliveira