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domingo, 13 de dezembro de 2015

ESTUDO BÍBLICO

DEVEMOS AMAR PLENAMENTE AO SENHOR
Texto Bíblico: Salmo 116

Ações de graças pela salvação
116 Eu amo o SENHOR, porque Ele ouve minha voz e as minhas orações.

2 Porque inclinou para mim seu ouvido e, portanto, enquanto eu viver, o invocarei.

3 Os laços da morte me envolveram e, surpreendido pelas tribulações do inferno, encontrava-me em profunda angústia e tristeza.
4 Invoquei o Nome do SENHOR: “Ó, SENHOR, liberta-me!”
5 O SENHOR é benevolente e justo, nosso Deus é misericordioso.
6 O SENHOR cuida das pessoas simples; quando já não tinha mais forças, Ele me salvou.
7 Volta, minha alma, ao teu repouso, porquanto o SENHOR tem sido generoso para contigo!

8 Visto que me livraste da morte; das lágrimas, meus olhos, e meus pés, da queda,
9 andarei na presença do SENHOR, na terra dos vivos.
10 Conservei a confiança, mesmo quando dizia: “Estou sobremodo aflito”.
11 Eu dizia em minha consternação: “Ninguém é digno de confiança!”
12 Como poderei retribuir ao SENHOR todos os seus benefícios para comigo?
13 Elevarei o cálice da salvação e invocarei o Nome do SENHOR.
14 Cumprirei meus votos para com o SENHOR na presença de todo o seu povo.
15 Custa muito ao SENHOR ver morrer seus fiéis.
16 Ah! SENHOR, bem que sou teu servo. Sim, sou teu servo, filho de tua serva; livraste-me dos meus grilhões.
17 Eu te oferecerei um sacrifício de ação de graças, invocando o Nome do SENHOR.
18 Cumprirei meus votos para com o SENHOR, na presença de todo o seu povo,
19 nos átrios da Casa do SENHOR, no seu interior, ó Jerusalém. Aleluia!  KJA
Tese: “Deus sempre se põe bem próximo, quando seu povo sofre, e o abençoa quando o seu povo ora!” 


INTRODUÇÃO


Este salmo, refere-se à libertação do Egito e também à libertação do cativeiro na Babilônia. F.B.Meyer 
É um poema que, retrata o servo de Deus vencendo pesadelos insuportáveis com dor até na alma.
A Teologia da Prosperidade  atualmente, prega e ensina que, um crente não tem problemas e que, se os tem, é porque não é verdadeiramente crente. 
Se pensássemos assim, para sermos honestos, não deveríamos crer em Cristo que sofreu muito e morreu em sofrimentos numa rude cruz.
E o apóstolo Paulo que, dos 27 livros do Novo Testamento, escreveu 13. Ele  cita tantos sofrimentos em sua vida!
Pedro e João foram  presos várias vezes.
Tiago morreu martirizado, cortado ao meio com uma espada. 
O livro de Atos cita a dispersão dos crentes da Igreja Primitiva, fomentada por uma grande perseguição contra ela. 
Lucas registra que, essa perseguição à Igreja Primitiva começou com a  morte de Estêvão: "E Saulo estava aprovando o assassinato de Estêvão. Daquele dia em diante, estabeleceu-se grande perseguição contra a Igreja em Jerusalém. Todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judeia e de Samaria!" (Atos 8:1)
O salmista destaca neste salmo em estudo que, mesmo os melhores servos de Deus podem passar por momentos muito difíceis em suas vidas.
Ele cita algumas situações muito desafiadoras na vida deste servo de Deus descrito neste lindo poema:
  • Surpreendido pelas tribulações infernais. (3)
  • Sobremodo aflito. (10)
  • Profunda angústia, (3)
  • Profunda tristeza, (3)
  • Com forças esvaídas, (6)
  • Lágrimas (8)
  • Consternado (11)
  • Preso por grilhões. (16)
  • Rodeado de falsidades (11)
  • Envolvido pelos laços da morte. (8)
Em tom de gratidão o salmista canta as doces experiências pessoais da misericórdia libertadora de Deus.
Uma das melhores informações sobre este salmo, e que lhe enche de valor, diz que, o nosso divino Mestre cantou este hino. Spurgeon
O apóstolo Paulo, também, o citou: "Assim está escrito: Cri, por isso declarei!' Com esse mesmo espírito de fé, nós igualmente cremos e, por esse motivo, falamos!" (II Cor. 4:13) KJA
Dentro do panorama apresentado neste poema, encontramos muitos motivos para amar a Deus plenamente:
1. PELOS ATRIBUTOS QUE SÓ ELE TEM, ELE MERECE SER AMADO
Como basicamente em todo o livro de Salmos neste poema o salmista cita vários atributos de Deus:
  • Ele é o Senhor. 
O nome Yahaweh – "Senhor" ocorre 15 vezes e Yah uma vez.
  • Ele é benevolente. (5,12)
  • Ele é justo (5)
  • Ele é misericordioso. (5)
  • Ele é generoso. (7)
  • Ele é o Salvador. (6)
  • Ele é imutável (1-2)
Para falar sobre a imutabilidade do SENHOR, ele fala do seu relacionamento com Deus (1-2): 
  • No passado - "Ele ouviu"
  • No presente - "Eu amo".
  • No futuro - "Eu o invocarei".
Em todo o tempo e sempre Deus está disponível para abençoar os seus servos, quando eles o buscam.
Com toda essa capacidade única Deus revelou a sua bondade em sua resposta ao pedido do salmista.
“Deus não se põe à distância, quando seu povo sofre, e o abençoa quando o seu povo ora!” Por isso devemos amá-Lo plenamente. 
2. PORQUE ELE OUVE AS ORAÇÕES DOS SEUS SERVOS. (1)
“Eu amo o SENHOR, porque Ele ouve minha voz e as minhas orações! (1)
Aqui o salmista diz que o amor a Deus é pessoal, e nutrido por uma experiência pessoal de redenção.
Este é o tema deste salmo, e nele vemos os remidos:
  • atendidos quando oram,
  • conscientes de que não pertencem a si mesmos,
  • valorizados com alto preço, 
  • unindo- se com todo o grupo dos resgatados para cantar louvores a Deus. 
Este salmo é uma declaração de amor e fé no Senhor:  "Elevarei o cálice da salvação e invocarei o Nome do SENHOR. Cumprirei meus votos para com o SENHOR na presença de todo o seu povo!" (13-14). 

O destaque do texto é o testemunho pessoal.
Ele defende duas verdades claras no poema:
I. A qualidade da adoração e louvor a Deus está no testemunho pessoal.
Adoração e louvor a Deus antes de ser uma expressão coletiva, é o testemunho pessoal de cada crente que:
  • Reconheceu a grandeza do seu amor leal e perdoador. (Romanos 5.8). 
  • Aprendeu a amar plenamente ao Senhor.

    Esta é uma verdade defendida pelo salmista.
    II. O servo de Deus invoca o Nome do Senhor, porque tem a certeza que, Ele ouve sempre. 
    O profeta Elias tinha essa certeza, quando sozinho desafiou os adoradores de Baal: “Então Elias exclamou diante do povo: ‘Sou o único dos profetas de Yahweh que restei; no entanto, os profetas de Baal são quatrocentos e cinqüenta. Deem-nos dois novilhos; que eles escolham um para si e depois de esquartejá-lo o depositem sobre a lenha, sem lhe atear fogo. Prepararei outro novilho sem lhe pôr fogo também. Invocareis depois o nome de vosso deus, e eu invocarei o Nome de Yahweh: a divindade que responder enviando fogo, esse é Deus! E todo o povo respondeu a uma só voz: ‘Falaste com sabedoria. Assim seja.” (1Rs 18.22,24).
    • Deus ouviu a oração de Elias, e o protegeu.
    • Os profetas de Baal foram envergonhados, e todos morreram à espada.
    Quando os servos de Deus oram, Deus não os decepciona, por isso devemos amá-Lo plenamente .
    3. PORQUE ELE LIBERTA DO QUE INCOMODA. (4)
    “Invoquei o Nome do SENHOR: “Ó, SENHOR, liberta-me!” Visto que me livraste da morte; das lágrimas os meus olhos, e meus pés da queda!” (4,8)
    Esta é uma das mais lindas expressões do amor libertador de Deus:
    • “Pois livraste da morte a minha alma!
    • das lágrimas os meus olhos!
    • E da queda os meus pés!” 
    Este é um salmo do “Aleluia Pascoal”, e podemos reconhecer isso na expressão “cálice da salvação” que, pode nos levar a duas interpretações plausíveis:
    I. O “cálice da salvação” pode ser uma metáfora que , contrasta com a expressão "cálice da ira de Deus”.
    "Cálice da ira de Deus” “é o cálice que O SENHOR tem na mão e dá de beber dele a todos os ímpios da terra até a última gota!” (Sl 75.8)
    Neste caso o “cálice da bênção” é o cálice cheio das bênçãos que, Deus derrama sobre os seus servos, incluindo a salvação. 
    II. A outra interpretação relaciona-se com a libertação do cativeiro no Egito. 
    Pode ser uma nota memorial sobre a libertação. (13)
    • Relembrando e celebrando com gratidão a libertação dos primogênitos dos filhos dos israelitas, quando o anjo da morte passava.
    • Relembrando e celebrando o dia da libertação dos israelitas da escravidão e saída do Egito.
    Pode ser um canto pessoal de um servo de Deus, referindo-se à Páscoa de sua própria servidão e livramento, relembrando com gratidão, e louvando ao Senhor.
    O memorial do crente em Cristo é a Ceia do Senhor que, relembra, celebra, e agradece a Deus pelo sacrifício de Cristo, para libertar do pecado e salvar da perdição eterna, todo aquele que nele crer. 
    O evangelista Mateus registrou: "Enquanto comiam, Jesus pegou um pão, deu graças, quebrou-o, e o deu aos seus discípulos, recomendando: 'Tomai, comei; isto é o meu corpo! Em seguida tomou um cálice, deu graças e o entregou aos seus discípulos, proclamando: 'Bebei dele todos vós! Pois isto é o meu sangue da aliança, derramado em benefício de muitos, para remissão de pecados!" (Mateus  26:26-28)
    Ceia do Senhor!  “o cálice do Senhor” que para nós é:
    I. Um memorial do sacrifício de Cristo para a nossa salvação.
    II. Uma confirmação de nossa fé nele.
    III. Uma evidência de nossa obediência a ele.
    IV. Uma forma de expressar nossa comunhão nele e com ele.
    V. Nossa certeza de beber o cálice futuramente com ele lá na glória.
    O objetivo deste salmo pode ser, também, alcançar com "uma mensagem de alento", a todos os que estão “envolvidos com qualquer situação que precise de libertação” .
    A mensagem é que, quem pode dar a bênção e vitória da libertação, é somente Deus.
    Como disse o salmista o “repouso” do crente está no Senhor. (7) 
    O seu conselho é “Colocar a vida nas mãos do Senhor, fazer a vontade dele, crer nele, esperar e descansar nele!” (Salmo 37:4-8) 
    Por isso devemos amar plenamente o Senhor. 
    4. PORQUE ELE CUIDA DAS PESSOAS SIMPLES. (6)
    A expressão “pessoa simples” aqui, tem o sentido de “semelhante a uma criança”: 
    I. em sua fé no Pai,
    II. em seu senso de confiança no Pai (19.7).
    III. em seu senso de dependência do Pai
    É uma situação como aquela "do barco quase à deriva em alto mar, quase todos apavorados, e uma criança bem tranquila, como se nada estivesse acontecendo, sorrindo, brincando e se deleitando com tudo o que via, e que estava acontecendo.
    Uma das pessoas que ali quase morria de medo, vendo a simplicidade daquela criança, perguntou-lhe:“Você não está com pavor?”
    - Não! Respondeu a criança!
    A pessoa fez outra pergunta: “E porque todos estão quase morrendo de pavor e você não?”
    - A criança respondeu: “Meu pai é ‘o comandante do barco!”
    Esta é a mensagem do salmista neste poema que, sendo Deus o nosso comandante, não há o que temer, porque as bênçãos e vitórias estão garantidas.
    Por isso devemos amar plenamente o Senhor. 
    5. MANIFESTAÇÕES DE AMOR PARA COM DEUS
    Deus mostrou seu amor pelo salmista ao ouvir a sua oração, e por isso ele alicerça o seu amor no próprio amor de Deus. 
    E deixa claro, como se comprova o amor do crente a Deus: 
    I. Amando-O toda a vida (2) 
    Para o salmista somente o Senhor pode nos oferecer seu amor leal e livramento incondicional. 
    Por isso o nosso amor a Ele precisa ser, também, “amor para toda a vida”, como foi o de Enoque que, “depois que gerou Matusalém, andou com Deus mais trezentos anos...!” (Gn 5.22)
    Assim se comprova o  amor a Deus!
    II. Andando na presença dele. (9) 
    Esta foi a primeira de todas as exigências de Deus em seu Pacto com Abraão: “Quando Abraão completou noventa e nove anos, o SENHOR lhe apareceu e declarou: “Eu Sou El-Shaddai, Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê íntegro!” (Gn. 17.1).
    Andar com Deus é viver em comunhão, alegria e obediência a Ele. 
    Assim se comprova o  amor a Deus!
    III. Conservando a confiança nele. (10)
    O texto reconhece as terríveis e persistentes provações na vida do crente.
    Reconhece, também, que, todos os seres humanos, mesmo que os seus vínculos afetivos sejam os mais fortes e íntimos, a esperança que oferecem de real ajuda é bastante frágil, relativa e limitada, e em dois textos o salmista expressou muito bem esta verdade: 
    “Dá-nos a tua ajuda contra o inimigo, porquanto inútil é o auxílio dos homens! Só com Deus conquistaremos a vitória, pois é Ele quem destrói todos os nossos adversários!” (60.11-12)

    “Melhor é refugiar-se junto ao SENHOR do que depositar qualquer confiança na humanidade. Melhor é buscar refúgio no SENHOR do que confiar em príncipes! (118.8,9).

    Outras manifestações de amor paras com Deus:
    • Cumprir os compromissos assumidos com Ele. (14,18)
    • Servi-Lo sempre. (16)
    • Ser-Lhe grato sempre. (17)
    Diante de toda a exposição do salmista o mais sensato a fazer, é amar ao SENHOR, andar com Ele e nele crer perseverantemente.
    CONCLUSÃO
    Spurgeon diz que este salmo é uma Profissão de Fé de um servo de Deus, enfatizando três faces de sua vida:
    I. A devoção da alma – “Eu amo o SENHOR!” (1)
    II. A conversão da vida – “Andarei na presença do SENHOR, na terra dos vivos!” (9)
    III. Testemunho público –“Cumprirei meus votos para com o SENHOR, na presença de todo o seu povo” (14,18) 
    Este testemunho público é proclamar publicamente os grandes atos de Deus.
    Uma bela nota do salmista é sobre a morte dos servos de Deus: “Custa muito (é preciosa) ao SENHOR ver morrer os seus fiéis!” (15)
    A morte que humanamente pode parecer uma tragédia, para Deus é a promoção dos Seus servos para a glória eterna. 
    O custo foi o sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário. 
    Por isso Paulo tinha essa convicção: “Porque para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro!” (Fil. 1:21)
    Este é um dos grandes motivos para amar plenamente o SENHOR. Amém!

    APELO
    Você ama plenamente o Senhor?
    Amá-Lo plenamente, é amá-Lo acima de tudo que o envolve?
    Aqui estão vários dos motivos para decidir a amar a Deus.


    Pr. José das Graças Silva Oliveira



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