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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

ESTUDO BÍBLICO

UM  GOVERNO  NOS MOLDES BÍBLICOS
Texto Bíblico: Salmo 72
Prefiguração do reino de Cristo
Um salmo para Salomão e os reis davídicos. KJV
SALMO DE SALOMÃO -NBV
72 Ó Deus, ajude o rei a governar com a sua justiça. Ajude o filho do rei a andar em santidade,
2 para que  ele governe o seu povo com honestidade e trate com justiça os que são explorados.
3 As montanhas e os morros darão muitos frutos, e o povo viverá em paz, por causa do governo justo do rei.
4 Ele defenderá os aflitos entre o povo e ajudará as famílias pobres; mas castigará o ladrão e explorador dos fracos.
5 Que o rei viva enquanto o sol durar e a luta existir, por todas as gerações.
6 Faça com que o reinado do meu filho seja tão bom para o povo como a chuva que cai sobre a lavoura ceifada, como os aguaceiros que regam a terra!
7 Que durante o seu reinado floresçam os homens justos e haja paz enquanto a lua brilhar!
8 Estenda o seu reino de um mar a outro e desde o rio eufrates até os confins da terra!
9 Os habitantes do deserto se curvarão diante dele; os seus inimigos, humilhados, se arrastarão a seus pés.
10 Os reis das terras junto ao mar Mediterrâneo, até a terra de társis, lhe pagarão impostos. Os reis de Sabá e de Sebá lhe trarão presentes.
11 Sim! Reis de todo o mundo virão e se curvarão perante ele, e todos os povos da terra serão seus servos.
12 Isso acontecerá porque ele ajuda os pobres que pedem socorro, os abandonados e a quem não tem recursos.
13 Com amor, ele se compadece dos fracos e necessitados e salva os que não têm mais esperança de salvação.
14 Ele os salva da opressão e da violência, porque aos seus olhos a vida deles é preciosa.
15 Que o rei tenha vida longa e receba grandes riquezas em ouro puro de Sabá! Todo o povo faça orações constantes em favor dele, e que o abençoem todo dia.
16 Que durante o seu reinado a terra produza cereais com fartura; até no alto dos montes haja belas plantações; Que a terra produza frutos como no Líbano, e as cidades fiquem tão cheias de gente quanto as plantas nos campos.
17 O nome do nosso rei seja famoso e respeitado para sempre; sua memória dure enquanto o sol existir! Ele será uma bênção para todas as nações, e elas lhe darão louvor.
18 Bendito seja o SENHOR Deus, o Deus de Israel! Ele é o único que realiza grandes maravilhas.
19 Bendito seja o seu nome glorioso para sempre! Que a terra inteira fique cheia da sua glória! Amém e Amém!
20 Aqui terminam as orações de Davi, filho de Jessé.
INTRODUÇÃO
Este é um salmo de Davi para o seu filho Salomão.
A NBV declara no título ser um salmo de  Salomão.
A KJV declara ser um salmo para Salomão e os reis davídicos.
De acordo com o versículo 20 parece que Davi fez esta  oração, antes de morrer.
Os versículos 18-20 foram acrescentados como doxologia, finalizando o Livro II do Saltério.
O versículo 20 é uma antiga anotação de copista, que se integrou aos originais, e que revela a oração de Davi por seu filho Salomão, nos dias da sua coroação (1Rs 1.32-40).
O versículo 20 é uma nota editorial que, originalmente, separava a coleção anterior e os salmos a seguir, relacionados com Asafe. Alguns manuscritos não o incluem no texto.
Isso sugere que este tenha sido o último salmo de Davi neste I e II livro do Saltério. Os demais salmos escritos por ele e registrados na última parte deste livro, foram compostos antes do salmo 72.
Teologicamente, os judeus sempre viram neste salmo uma profecia sobre o Messias (Cristo, em grego).
A Igreja Primitiva, também, sempre viu em Jesus Cristo o cumprimento deste salmo como profecia.
Alguns locais mencionados no texto ainda existem, e como na época bíblica,  atualmente são cidades importantes:
  • Társis era um importante porto, muito distante, a oeste no Mediterrâneo, onde hoje se localiza a Espanha.
  • Sabá é hoje a Etiópia.
  • Sebá, também chamada de Cuxe no VT (Gen. 10:7 e Is. 43:3), atualmente é a região do Sudão, ao sul do Egito.

Segundo muitos comentaristas bíblicos, Jesus e o Seu reino são  retratados neste salmo.
Olhando para a descrição como sendo  do reino messiânico, o seu governo é:
  • Justo, Sl 72.1-7
  • Universal, Sl 72.8-11
  • Beneficente, Sl 72.12-14
  • Perpétuo, Sl 72.15-17

Exceto quando diz que  o seu governo é perpétuo, todo o restante da descrição serve como exemplo para os governantes do mundo.
Sendo assim, este salmo, conceitua o governante nos moldes bíblicos e os efeitos maravilhosos do seu reinado.
1. UM  GOVERNO  NOS MOLDES BÍBLICOS  GOVERNA COM HONESTIDADE E JUSTIÇA. (1-4)
É por isso que nesta oração se pede a Deus,  a capacidade para que o governo governe segundo os juízos e justiça de Deus.
O salmista compara o governante que trabalha com justiça e honestidade, com a boa chuva que fertiliza a terra, fazendo-a produzir e alegrando o coração do seu povo, sendo o seu trabalho:
  • Punir o ladrão e explorador dos fracos. (4)
  • Defender os aflitos entre o povo. (4)
  • Ajudar as famílias pobres. (4,12)

A compaixão pelos pobres faz com que o trono dure.
  • Ajudar os abandonados que enchem as ruas da cidade. (12)
  • Ajudar os que não tem nenhum recurso. (12)

Na mensagem do salmista o governante deve ser exemplo de justiça, para que floresçam os homens justos e haja paz em seu domínio. (7)
  • É seu trabalho oferecer salvação aos que perderam toda a esperança na vida. (13) Este ítem, provavelmente, refere-se a Jesus Cristo.

Desta maneira, este salmo, como muitos outros, é uma oração, e nela o salmista ressalta as duas mais importantes características de um governante:
  • A justiça 
  • A retidão.

A justiça divina deve ser o padrão do governante, para exercer a justiça.
O governante que exerce a sua autoridade, tendo como fundamento a justiça e a retidão, certamente, conduzirá o seu povo à paz.
Em nenhuma nação os homens  respeitarão as leis, não praticarão a solidariedade, e nem desfrutarão de paz e prosperidade, sob a liderança de governos corruptos e injustos.
Nenhum governo que não respeite a retidão pode proporcionar prosperidade.
2. UM  GOVERNO  NOS MOLDES BÍBLICOS TRABALHA CONTRA A OPRESSÃO E A VIOLÊNCIA.  (14)
O governante da época era, também, um juiz. O vocábulo “...julgará...” significa o exercício da sábia autoridade,  no ofício de juiz.
Nos versículos 1-4 na descrição do governante ideal, o conceito de “justiça” e “julgamento”ocorre sete vezes.
O caráter de nosso Senhor: Ele é justo no recompensar e punir, e justo para com Deus e o homem. Spurgeon
Nesta oração o autor pede a Deus para o governo, o discernimento entre o bem e mal, para que possa governar o povo de modo comparável com a administração divina.
É isso que pode deixar o povo em paz, e, dar honra, integridade e paz ao  governo nos moldes bíblicos.
3. UM  GOVERNO  NOS MOLDES BÍBLICOS À VISTA DOS SEUS OLHOS É PRECIOSA A VIDA DE TODOS. (14)
O governo constituído deve ser inclusivo.  É preciso valorizar o rico e o pobre, e todas as pessoas.
O seu cuidado com o necessitado e impotente, e a supressão de pessoas poderosas, mas injustas, trará estima e honra por parte de todas as pessoas de bem.
O governo descrito aqui, simpatiza com o pobre impotente,  e com o aflito necessitado, mas, também,  considera a vida de todos preciosa e digna de ser redimida dos poderes malignos.
Na visão do salmista um governo justo, nos moldes bíblicos, será reconhecido além das fronteiras do seu povo. (8-11)
4. UM  GOVERNO  NOS MOLDES BÍBLICOS  GERA ABUNDÂNCIA PARA TODOS. (16)
Para nós que vivemos no Brasil, onde apenas 10% da população é proprietária das riquezas do país, e o restante da população fica “chupando o dedo”, este salmo é muito importante.
Seria ótimo que os nossos governantes aprendessem com Cristo, que o bom governo produz abundância:
  • Abundante redenção que gera paz!
  • Abundante perdão que confere paz!
  • Abundantes influências que  selam a paz!
  • Abundantes promessas que garantem paz!
  • Abundante amor que difunde a paz.

Isso é a fartura, é a abundância de paz, da qual fala o salmista. (7)
O bom governo gera através do seu trabalho muita abundância para todos.
CONCLUSÃO
No Brasil, estamos em ano eleitoral. Teremos eleições na segundo semestre. Principalmente nós, os crentes em Cristo, precisamos repensar o nosso voto.
Sofremos com os demais compatriotas, porque não votamos bem, e muito menos segundo a orientação da Palavra de Deus.
O que a Bíblia diz é: “Bem-aventurada é a nação que tem Deus como Senhor...!” Salmo 33:12
Uma nação que tenha Deus como Senhor, tem, também, um governante submisso a Deus, que o ama e o obedece.
Não existe justiça nem honestidade fora dos parâmetros da presença e orientação divina.
Que nós, brasileiros, e crentes em Cristo, saibamos votar e eleger homens que tenham compromisso com a Palavra de Deus.
O salmista tem convicção que,  no governante justo e honesto são abençoados todos os seus cidadãos.
Como está escrito: “Não há nada mais detestável para um governante do que a prática da maldade, porque um governo só se torna firme através da justiça!” Prov. 16:12
A justiça social, a estabilidade, a prosperidade e a paz, traçadas no texto terão o seu real cumprimento em Cristo.
A palavra de Deus traça o trabalho para o governante nos moldes bíblicos:
  • Destruir os opressores, punindo o mal! (5)
  • Julgar o povo com justiça. (2)
  • Livrar da opressão o pobre. (4)
  • Salvar os  necessitados.
  • Trabalhar para que o justo floresça. (7)
  • Buscar a paz para os seus súditos!
  • Livrar o necessitado que a Ele clamar. 12
  • Socorrer o desamparado!

Deus pede três ações dos crentes beneficiados por Ele:
  1. Que tenham mãos liberais!
  2. Que tenham corações piedosos!
  3. Que não deixem de falar das grandezas e obras de Deus.

Assim, este salmo descreve o Cristo como modelo para os demais governos constituídos.
E, descreve, também, a nossa resposta por todos os benefícios recebidos.

Pr. José das Graças Silva Oliveira





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