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terça-feira, 29 de abril de 2014

ESTUDO BÍBLICO

A OBRA DE SALVAÇÃO PARA O PECADOR ESTÁ CONSUMADA PELA CRUZ DE CRISTO
Texto Bíblico: João 19:17- 30
A CRUCIFICAÇÃO DE JESUS
17 Tomaram eles, pois, a Jesus; e ele próprio, carregando a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, Gólgota em hebraico,
18 – onde o crucificaram e com ele outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio.
19 – Pilatos escreveu também um título e o colocou no cimo da cruz; o que estava escrito era: JESUS NAZARENO (literalmente: Nazoreno), O REI DOS JUDEUS.
20  Muitos judeus leram este título, porque o lugar em que Jesus fora crucificado era perto da cidade; e estava escrito em hebraico, latim e grego.
21  Os principais sacerdotes diziam a Pilatos: Não escrevas: Rei dos judeus, e sim que ele disse: Sou o rei dos judeus.
22  Respondeu Pilatos: O que escrevi escrevi.
23   Os soldados, pois, quando crucificaram Jesus, tomaram-lhe as vestes e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte; e pegaram também a túnica. A túnica, porém, era sem costura, toda tecida de alto a baixo.
24 Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela para ver a quem caberá – para se cumprir a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica lançaram sortes. Assim, pois, o fizeram os soldados.
25 E junto à cruz estavam a mãe de Jesus, e a irmã dela, e Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena.
26 Vendo Jesus sua mãe e junto a ela o discípulo amado, disse: Mulher, eis aí teu filho. Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe.
27 Dessa hora em diante, o discípulo a tomou para casa.
28 Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede!
29 Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, lha chegaram à boca.
30 Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito.
INTRODUÇÃO
João escreveu seu Evangelho, ao redor do ano 100 D.C. Ele já estava velhinho, mas falou do que viu e ouviu face a face. (I João 1:1-3)
João é testemunha auricular e ocular de tudo o que escreve em seu Evangelho.
Jesus, tendo anunciado aos seus discípulos várias vezes, que morreria crucificado e sofrendo pelos pecadores, enfim tudo aconteceu!
No Monte Calvário, Jesus sofrendo todas as zombarias e dores, morreu numa cruz, para salvar o pecador.
Não havia morte mais terrível que a morte por crucificação. Até os próprios romanos a contemplavam com um sentimento de horror.
Cícero declarou que era "a morte mais cruel e horrível".
Tácito disse que era uma morte "indescritível".
Originalmente, a crucificação era um método empregado pelos persas, que, consideravam a terra sagrada e não queriam poluí-la com o corpo de um criminoso ou alguém que tenha vivido contra os seus princípios. Desta  maneira  o cravavam  numa cruz e o deixavam morrer ali, os abutres e os corvos faziam o resto.
Os cartagineses copiaram a crucificação dos persas e, também,  os romanos.
Cartagineses vem de Cartago. Originariamente uma colônia fenícia no norte da África, situada a leste do lago de Túnis, perto do centro de Túnis, na Tunísia. Foi uma potência na Antiguidade, disputando com Roma o controle do mar Mediterrâneo,e em três guerras disputadas contra Roma, eles foram vencidos e Roma assumiu todo o controle, até subjugando-os como província romana.
Os romanos vieram empregar esse método, somente nas províncias e quando se tratava de escravos.
Era impensável que um cidadão romano padecesse semelhante morte.
Foi submetendo-se à essa morte tão cruel que, Jesus Cristo consumou a Sua obra de salvação.
1. JESUS CONSUMOU A OBRA DE SALVAÇÃO ENTREGANDO-SE À MORTE DE CRUZ. (17)
A crucificação visava levar a vítima a desonra e humilhação públicas e morte por meio de uma vagarosa tortura física.
Este castigo era tão repulsivo, que Roma reservava esse tipo de tortura somente para escravos e estrangeiros.
Na Palestina era usado somente como castigo para ladrões e subversivos.
O réu ía despido de suas roupas para o local de crucificação, para aumentar ainda mais o estado de vergonha.
Diz Cícero: "É um crime atar um cidadão romano; é um crime mais grave ainda que o açoitem; é quase um parricídio que o matem; o que direi da morte na cruz? Uma ação tão nefasta como essa não se pode descrever com palavras porque não existem as palavras para fazê-lo."
Foi essa morte, a mais temida no mundo antigo, a que se aplicava a escravos e criminosos, a morte que padeceu Jesus.
A rotina da crucificação sempre era igual. Uma vez que se ouviu o caso e se condenou o criminoso, o juiz pronunciava a sentença fatal: "Ibis ad crucem", "Irá à cruz."
 A sentença se cumpria nesse mesmo momento.
O criminoso era posto no meio de um quaternion, uma companhia de quatro soldados romanos. A cruz era posta sobre seus próprios ombros.
Os açoites sempre precediam à crucificação e quão terrível era esse castigo. Com freqüência era preciso atar e empurrar o criminoso com o passar do caminho para mantê-lo em pé pois tropeçava todo o tempo.
Na frente dele caminhava um oficial com um cartaz no qual estava escrito o crime pelo qual ia morrer.
Era levado pela maior quantidade de ruas possível no caminho rumo à cruz.
 Havia duas razões para isso:
-A  razão mais cruel:
O objetivo era que o maior número de pessoas  o visse, e tomassem como exemplo e não praticassem o mesmo.
-A outra razão fingia ser piedosa.
“Levava-se o cartaz diante do condenado e se escolhia o caminho longo porque se qualquer pessoa quisesse testemunhar a seu favor podia fazê-lo. Nesse caso, detinha-se a procissão e se voltava a julgar o caso!”
A lei romana estabelecia que o criminoso devia ser pendurado na cruz e ficar ali, até morrer de fome, de sede e de exposição aos elementos; esta tortura acostumava durar vários dias.
Na Lei judia era preciso tirar os corpos e enterrá-los ao anoitecer.
 Na lei romana os corpos não se enterravam, simplesmente eram atirados para que as aves de rapina e os cães de rua se encarregassem deles.
Mas isso seria ilegal aos olhos da Lei judia e nenhum lugar judaico podia estar semeado de caveiras.
Jesus morreu na cruz julgado, condenado e sofrendo o que dizia as Leis romanas e judaicas e gregas.
2. JESUS CONSUMOU A OBRA DE SALVAÇÃO, SENDO SENHOR DA SITUAÇÃO. (17)
João, ao afirmar que Jesus carregou a Sua própria cruz, enfatiza que, Ele caminhou com os carrascos,  não  sentindo-se vítima, e sim Senhor da situação toda.
De antemão Ele sabia e disse aos discípulos, sobre tudo o que com ele aconteceria.
Depois de controlar sua paixão desde o princípio, agora voluntariamente Ele entregou o seu espírito, e morreu, e retornou ao Céu, como havia dito nesse Evangelho: “Saí do Pai, e vim ao mundo; outra vez deixo o mundo, e vou para o Pai!” (16:28
“Está consumado!” se expressa com uma só palavra em grego, tetelestai, e Jesus morreu com uma exclamação de triunfo em seus lábios.
Não disse “Está consumado!” em tom de derrota, disse-o como alguém que grita de alegria porque obteve a vitória. Jesus parecia estar destroçado em uma cruz, mas sabia que a vitória era sua.
3. JESUS CONSUMOU SUA OBRA DE SALVAÇÃO, SENDO JULGADO POR TODOS OS POVOS. (20)
Latim – era a Língua do poder militar romano!
Hebráico ou Aramáico – era a Língua comum dos judeus da Palestina.
Grego – era a Língua de comunicação cultural entre as províncias orientais do Império Romano e era a Língua Oficial do Mundo da época.
Nos propósitos de Deus, cada nação tem algo que ensinar ao mundo e estas três nações representavam três grandes contribuições ao mundo e à seu historia.
-Os gregos ensinaram ao mundo a beleza da forma e do pensamento.
-Os romanos  ensinaram a lei e o bom governo.
-O povo hebreu ensinou ao mundo a religião e o culto ao Deus verdadeiro.
A consumação destas três coisas se encarna em Jesus.
Nele estava a beleza e o pensamento supremo de Deus.
Nele estava a lei e o Reino de Deus.
Nele estava a imagem de Deus.
Todas as buscas do mundo encontravam sua consumação nele.
É profundo demais que, as três grandes línguas do mundo daquela época o chamassem Rei.
4. A MORTE DE CRISTO PARA SALVAR O PECADOR, É CUMPRIMENTO DAS ESCRITURAS. (24,28)
João admira-se com a riqueza de fatos relacionados com as profecias registradas na Bíblia e ao que Jesus sempre disse sobre seu sofrimento e crucificação.
-O lnçamento de sortes sobre a túnica de Jesus, a qual era sem costura. Em grego Chitôn. (Salmo 22:18
-Jesus tinha consciência que estavam cumprindo-se outras profecias.
“Deram-me fel por mantimento, e na minha sede me deram a beber vinagre!”  Salmo 69:21 
“.... o ajuntamento de malfeitores me cercou, traspassaram-me as mãos e os pés!” Salmo 22:15-16
Porém, o principal cumprimento foi da profecia de Isaías que diz: “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca. Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do SENHOR prosperará na sua mão. Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si!”  Isaías 53:4-5,9-11
Era Páscoa e o principal elemento da Páscoa era o sangue do Cordeiro Pascal, e aqui está o maior cumprimento das Escrituras na vida e morte de Jesus Cristo: Lembremos que “os israelitas deviam matar o cordeiro pascal e manchar as portas de suas casas com o sangue desse cordeiro de maneira que o anjo vingador da morte ao passar, livrasse  seus lares.
As instruções eram: “Tomai um molho de hissopo, molhai-o no sangue que estiver na bacia e marcai a verga da porta e suas ombreiras com o sangue que estiver na bacia.” (Êxodo 12:22).
Foi o sangue do cordeiro pascal que salvou o povo de Deus; era o sangue de Jesus que salvaria o mundo do pecado.
A  menção do hissopo já levaria qualquer judeu a pensar no sangue salvador do cordeiro pascal.
No início do ministério de Jesus na terra João disse que, Jesus era o grande Cordeiro pascal de Deus cuja morte salvaria o mundo inteiro do pecado. (João 1:29)
5. A MORTE DE CRISTO SALVA OS QUE NELE CREEM, MAS CONDENA OS INCRÉDULOS, QUE O REJEITAM.
Rejeitando a tudo o que Jesus afirmava, os judeus não aceitaram quando Ele predisse sobre a queda de Jerusalém e a destruição do Templo.
Lucas registra que, na via dolorosa, enquanto mulheres choravam, Jesus disse: “Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai antes por vós mesmas e por vossos filhos! Porque dias virão em que se dirá: Bem-aventuradas as estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram!” (Lucas 23:27-30)
E isso cumpriu-se literalmente 40 anos depois, no ano 70 d.C. Jerusalém ficou cercada  por diversos meses, foi destruída e seu povo chacinado pelo exército romano do Genral Tito.
Assim, cumpriu-se, também, a maldição que o povo que pediu a crucificação de Jesus imprecara contra eles mesmos: “Seja o seu sangue sobre nós e sobre os nossos filhos!” (Mat. 27:25)
Durante a destruição de Jerusalém houve fome horrível, o terror da espada vingadora do exército romano, de tal maneira que o que era mais honroso para uma mulher judia, passou a ser uma infelicidade total, como Jesus afirmara.
Não é bom que o homem deixe de crer em Jesus e  rejeite as suas obras ou os seus ensinos.
CONCLUSÃO     
Algumas verdades ditas em toda a Bíblia se cumprem aqui nesta consumação da obra de Cristo:
•          Os nossos pecados foram cravados com Cristo na cruz em nosso lugar.
•          Cristo crucificou os nossos pecados lá na rude cruz.
•          O mistério de nossa  salvação nos é revelado exatamente em Cristo, e este crucificado!
•          Jesus pagou alí na cruz toda a dívida dos pecadores.
Há muitos muitos séculos antes de tudo isso acontecer, profetizando sobre esses fatos, o profeta Jeremias interrogou: “Não vos comove isto, a todos vós que passais pelo caminho?” (Lamentações 1:12).
A grande tragédia da crucificação de Cristo não é a hostilidade do mundo para com Cristo, mas a indiferença que trata o amor de Deus como se não fosse algo importante.
O pior é que quase 2000 anos se passaram, e isso tem acontecido até os nossos dias.
APELO
Devemos fazer como aquelas   mulheres que ficaram ao pé da cruz.
-Maria a esposa de Clopas, não sabemos nada, mas sem medo estava alí.
-Maria, a mãe de Jesus.
Possivelmente Maria não podia entender o que estava acontecendo ali, mas podia amar. Sua presença ali era a coisa mais natural do mundo para uma mãe. Aos olhos da lei Jesus podia ser um criminoso condenado, mas para Maria Ele era seu filho.
-Salomé, a irmã da mãe de Jesus.
O Evangelho de João não a identifica, mas as passagens paralelas sim. (Mar. 15:40; Mat. 27:56)
Não fica nenhuma dúvida de que se trata do Salomé, a mãe dos filhos de Zebedeu quer dizer, a mãe de Tiago e João, portanto, tia de Jesus Cristo.
-Maria Madalena.
Tudo o que sabemos dela é que Jesus expulsou dela sete demônios. (Marcos 16:9; Lucas 8:2).
De uma mulher terrivelmente possessa de demônios Jesus a fez uma discípula e exemplar seguidora.
Maria Madalena não  podia esquecer o que Jesus fez por ela. O amor de Jesus Cristo a salvou, e o amor que ela sentia  por  Ele,  jamais morreria! 
O lema de Maria, escrito em seu coração era: "Não esquecerei o que Ele fez por mim."
E você, já tomou a sua decisão de crer e receber Jesus Cristo em sua vida e fazer um compromisso eterno com Ele?
Se ainda não fez esta decisão, faça agora, enquanto as portas da graça estão abertas. Amanhã poderá ser muito tarde!
Pr. José das Graças Silva Oliveira


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