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sábado, 3 de maio de 2014

ESTUDO BÍBLICO

as gloriosas realizações do SENHOR através da história
Texto Bíblico: Salmo 78
Ação divina na história de Israel
Um poema da família de Asafe.
78 Escuta meu ensino, ó povo meu, presta atenção às palavras da minha boca!
2 Em parábolas abrirei a minha boca, proferirei enigmas do passado.
3 O que ouvimos e aprendemos, o que os pais nos contaram,  não o ocultaremos aos filhos; transmitiremos à geração vindoura as gloriosas realizações do SENHOR, seu poder e as maravilhas dos seus feitos.
5 Ele estabeleceu uma lei em Jacó, determinou um código de conduta em Israel. Ordenou a nossos pais que o ministrassem a nossos filhos,
6 para que a geração seguinte o aprendesse; e os filhos que haviam de nascer, quando maduros, o transmitissem igualmente a seus filhos,
7 para que depositassem em Deus sua confiança e não se esquecessem dos feitos de
Deus, mas guardassem seus mandamentos,
8 a fim de não se tornarem como seus pais, geração indócil e rebelde, geração de coração inconstante, de espírito infiel a Deus.
9 Se os filhos de Efraim, arqueiros armados, retrocederam no dia do combate,
10 é porque, não guardando a aliança de Deus, recusaram seguir a sua Lei.
11 Esqueceram-se dos seus atos e dos prodígios que lhes mostrara.
12 Ele realizou maravilhas diante dos seus antepassados, na terra do Egito, na região de Zoã.
13 Dividiu o mar para que pudessem passar; fez a água erguer-se como um muro.
14 Durante o dia guiava-os por meio de uma nuvem e, a noite toda, por um clarão de fogo.
15 Fendeu as rochas no deserto e deu-lhes água em abundância, como a que flui das profundezas;
16 do rochedo fez jorrar torrentes, fez correr a água como rios.
17 Eles, porém, continuaram a pecar contra Ele, rebelando-se contra o Altíssimo na estepe.
18 Em seu coração tentaram a Deus, exigindo alimento mais apetitoso ao seu paladar.
19 Exclamaram contra o Senhor, questionando: “Será Deus capaz de servir-nos à mesa no deserto?
20 É verdade, Ele bateu na rocha, e eis que brotou água e jorraram torrentes; mas poderá também fornecer pão e prover de carne seu povo?”
21 Portanto, ao ouvir tais queixas do povo, enfureceu-se e com fogo atacou a Jacó, e sua ira se levantou contra Israel,
22 pois eles não creram em Deus nem confiaram no seu poder salvador.
23 Deu ordem às nuvens do alto e abriu as comportas do céu:
24 fez chover maná sobre o povo para que se alimentassem, deu-lhes trigo do céu!
25 Cada pessoa se alimentou do pão dos anjos; enviou-lhes comida à vontade.
26 Mandou do céu o vento oriental, e por meio do seu poder fez avançar o vento sul.
27 Então, fez chover carne sobre eles como grãos de areia, bandos de aves como a areia da praia.
28 Levou-as a cair dentro do acampamento, ao redor de suas tendas.
29 Comeram até se fartarem, e assim Ele satisfez o desejo do coração deles.
30 Contudo, antes de saciarem o apetite, quando ainda mastigavam a comida que lhes restava na boca,
31 desencadeou-se a ira de Deus contra aquele povo, semeando a morte entre os mais valentes, abatendo os jovens de Israel.
32 Apesar disso, continuaram pecando; não creram nos seus milagres.
33 Por isso, Ele encerrou os dias deles como um sopro, e os anos deles em repentino pavor.
34 Sempre que Deus os castigava com morte, eles o buscavam; com fervor se voltavam de novo para Ele.
35 Recordavam que Deus era a sua Rocha, que era o seu Redentor, o Deus Altíssimo.
36 Com a boca tentavam enganá-lo, mentiam- lhe com a língua;
37 de coração inconstante para com Ele, não eram fiéis à sua aliança.
38 Entretanto, porque era misericordioso, perdoava a culpa deles, a fim de que não fosse necessário que os destruísse; muitas vezes, reprimiu sua cólera santa e não acendeu todo o seu furor,
39 recordando-se de que eram seres frágeis e meros mortais, brisas passageiras que não retornam.
40 Quantas vezes se mostraram rebeldes contra Ele no deserto, e o entristeceram na terra solitária!
41 Quantas vezes puseram Deus à prova; irritaram profundamente o Santo de Israel.
42 Não se lembravam da sua mão poderosa, do dia em que os redimiu do opressor,
43 do dia em que revelou as suas maravilhas no Egito, os seus milagres na região de Zoã,
44 quando transformou os rios e os riachos dos egípcios em sangue, e eles não mais conseguiram beber das suas próprias águas;
45 e mandou enxames de moscas que os molestaram, e rãs que os devastaram;
46 quando entregou suas plantações às larvas; a produção da terra, aos gafanhoto
7 e destruiu as suas vinhas com a saraiva, e as suas figueiras bravas, com a geada;
48 quando entregou o gado deles ao granizo, os seus rebanhos aos raios;
49 quando os atingiu com sua ira ardente, com furor, indignação e hostilidade, com muitos anjos destruidores.
50 Abriu caminho para sua ira, não poupou da morte suas almas, mas entregou suas vidas à peste.
51 Feriu todos os primogênitos do Egito, as primícias da virilidade, nas tendas de Cam.
52 Fez partir seu povo como um rebanho e os conduziu como ovelhas pelo deserto.
53 Guiou-os com segurança, sem temores, enquanto o mar cobria os inimigos.
54 Fê-los entrar em seu domínio sagrado, até a montanha que sua destra conquistara.
55 Diante deles expulsou nações e, por sorteio, repartindo o patrimônio, instalou em suas tendas as tribos de Israel.
56 Eles, no entanto, puseram Deus à prova e foram rebeldes contra o Altíssimo; não obedeceram às suas prescrições.
57 Desertaram e, como seus pais, o atraiçoaram, envergando-se como um arco frouxo.
58 Com seus altares idólatras, eles o irritaram tremendamente; com seus ídolos lhe provocaram ciúmes.
59 Deus ouviu e se indignou e, com veemência, repudiou Israel.
60 Abandonou o tabernáculo de Siló, a tenda onde fazia morada entre os homens.
61 Entregou o símbolo do seu poder ao cativeiro, e seu esplendor, nas mãos do opressor.
62 Abandonou à espada seu povo, irritado contra a herança.
63 Um fogo devorou os jovens, e as donzelas não tiveram canto nupcial.
64 Os sacerdotes tombaram sob a espada, e não os prantearam as viúvas.
65 Então, como de sonolência, despertou o Senhor, como um guerreiro aturdido pelo vinho,
66 e golpeou os inimigos pelas costas, infligindo-lhes infâmia eterna.
67 Descartou a tenda de José, preteriu a tribo de Efraim.
68 Escolheu a tribo de Judá, o monte Sião, que Ele amava.
69 Construiu seu santuário como no alto céu, como a terra, que consolidou para sempre.
70 Escolheu Davi, seu servo, tirando-o dos apriscos do rebanho;
71 do cuidado das ovelhas, seu povo, Israel, sua herança.
72 E ele os pastoreava com coração irrepreensível e, com a perícia de suas mãos os conduzia.
INTRODUÇÃO
Este salmo é um Maschil de Asafe, corretamente  instrutivo.
Não se trata apenas de uma recapitulação de eventos importantes da história israelita, mas pretende ser uma parábola que expõe a conduta e a experiência de crentes de todas as épocas.
Spurgeon diz que este texto traz a História do Povo de Deus do VT, gerando lições atuais para todo o povo de Deus de todos os tempos.
A História de Israel, desde Moisés até Davi e os seus contemporâneos é um relato da benignidade de Deus em contraste com a infidelidade dos homens amados e abençoados por Ele.
Podemos contemplar essa benignidade  no exercício da soberania divina primeiramente na natureza, ainda no Egito e depois em todo o deserto. (12-42).
Dizendo:       “...publicarei enigmas antigos...”,(1-11), o salmista está advertindo aos pais, quanto às suas responsabilidades de ensinarem os seus filhos sobre os perigos da apostasia.
1.  Entre as gloriosas realizações do SENHOR através da história, DEUS determinou um código de conduta em Israel (5)
A revelação do poder de Deus em salvar o Seu povo se nota pela revelação da vontade divina em guiá-lo por intermédio dos seus preceitos.
Esse Código de Conduta é a Palavra de Deus, que Ele outorga com algumas finalidades:
1.1      para que as gerações  seguintes o aprendessem. (6)
Verdades não são piores por serem velhas: diz o ditado antigo. "Lenha velha", é melhor para queimar; livros velhos são melhores para ler; e amigos velhos são aqueles em quem mais podemos confiar".  Lord Bacon.
A Palavra de Deus também, sempre estará atualizada, sem precisar acrescentar-lhe ou tirar-lhe nada.
1.2 -  Para que o transmitissem igualmente a seus filhos. (6)
Os pais são responsabilizados em proclamar  aos filhos, os louváveis feitos do Senhor, o seu poder e as maravilhas que fez.
A ideia aqui é que os pais de uma geração devem difundir à outra  os feitos do Senhor, sem esquecer ou esconder nada. A ordem era que os pais declarassem tudo o que o Senhor havia feito pelo Seu povo.
1.3 para que os filhos depositassem em Deus sua confiança. (7)
O texto não está falando nada de tradição religiosa, e sim, da preciosa herança que pode ser a Palavra de Deus para a família:
  • O conhecimento dos pais é a herança dos filhos - Sl 78.5-6.
  • A queda dos pais, pode colocar em perigo a preservação dos filhos - Sl. 78.7-8.
  • A verdade recebida e obedecida, certamente ligará a alma a Deus, e proporcionará bênçãos e vitórias. - Sl 78.7.
A verdade rejeitada, em qualquer tempo ou geração só trará prejuízos para a família e para o Reino de Deus. Sl 78.8.
1.4 para que os filhos guardassem seus mandamentos. (7)
O texto nos apresenta algumas orientações:
  • É um dever de todos atender à palavra de Deus.
  • Há alguns  modos de negligenciar o dever.
  • Há vários  modos de cumpri-lo.
  • Há excelentes  razões para a obediência.
Os males de não  dar atenção à Palavra de Deus são mais do que certos. 
2. DENTRO DAS GLORIOSAS REALIZAÇÕES DO SENHOR, ELE REALIZOU MARAVILHAS PARA ABENÇOAR O SEU POVO. (12)
O salmista coloca em alto relevo o que Deus fez para resgatar o Seu povo de uma escravidão de quatro séculos.
E, também, todo o cuidado de Deus com o Seu povo durante a travessia do deserto.
Mas coloca, também, em alto relevo a infidelidade de milhares, daqueles que tiveram o privilégio de estar ali, sendo abençoados diretamente por Deus, mas sendo-Lhe ingratos e infiéis.
Apesar do pecado do Seu  povo,  Deus demonstrou a Sua compaixão e compreensão, perdoando e abençoando os fiéis. (12-39)
2.1 conduzindo-os na caminhada pelo deserto até chegar à Terra prometida (14)
O povo murmurou contra Deus durante toda a caminhada pelo deserto, mas de repente ei-lo na Terra Santa, como Deus havia prometido.
Durante o dia com a temperatura elevadíssima Deus enviava uma nuvem que fazia o ar fresco e o povo caminhava tranquilo, e durante a noite, como o deserto é muito frio, Deus enviava um fogo que os aquecia do frio e os guiava pelo caminho que deviam seguir.
2.2 Deus os Supriu de água e alimentação no deserto. (15,24).
O maná (24), este pão celeste se descreve em Êxodo 16, mas adquire o seu verdadeiro significado eterno no sacrifício de Jesus Cristo. (João 6:51)
Deus fez chover carne (27) através de uma nuvem de codornizes migrantes que pousavam sobre o acampamento dos israelitas todos os dias.
3. DENTRO DAS GLORIOSAS REALIZAÇÕES DO SENHOR, Deus satisfez o desejo do coração deles. (29)
O povo de Israel é exemplo de como não se deve buscar a Deus. O povo se "lambuzava" no pecado, e quando tudo estava partindo para uma destruição total como consequência da vida torta deles, então, buscavam a Deus:
3.1- Recordavam que Deus era:
  • Que Deus era  sua Rocha,
  • O seu Redentor,
  • O Deus Altíssimo. (35)
  • O Deus misericordioso,
  • O Deus perdoador  da culpa deles.(38)

A misericórdia divina sempre perdoando e abençoando, sempre revelou-se mais forte do que a iniquidade humana. 
3.2 - Deus os Guiou com segurança. (53)
Diante deles expulsou nações. (55)
Deus afastou os perigos: da opressão dos exércitos estrangeiros, da fome, da sede, dos animais selvagens e perigosos, que haviam no deserto. Todos estes perigos poderiam ser fatais, mas Deus os guiou com segurança, protegendo contra todos estes perigos.
3.3 Deus repartiu toda a terra e os instalou ali como Prometera. (55)
Jesus deixou bem claro que “A obra de Deus é esta: que creiamos naquele que Ele enviou!” (João 6:29)
Tudo que Deus fez desde a Criação do mundo, foi para resgatar um povo para crer nele e confiar na Sua salvação.
4. DENTRO DAS GLORIOSAS REALIZAÇÕES DO SENHOR, ele  pastoreou  perfeitamente ao seu povo:
A Bíblia denuncia neste texto, que “o povo portou-se aleivosamente com resistência e desobediência, apartando-se do Senhor.
A principal Lei de Deus ao seu povo era que deveria ter um só Deus e só a Ele adorá-Lo. (Êxodo 20:1-5), mas este povo transgrediu esse mandamento.
O povo chegou ao cúmulo de erguer ídolos nas colinas e debaixo de árvores, provocando a ira de Deus. (58)
Foi nesta circunstância que Deus deu o exemplo do Pastor Ideal que Ele sempre é, conduzindo os seus:
  • Com coração irrepreensível
  • Com a perícia de suas mãos amorosas.  (72).
  • Como Pai.

Neste salmo o seu escriba identifica o Deus revelado em seus feitos como:
  • O Deus Pai - Sl 78.14-16
  • O Deus que intervém - Sl 78.13.
  • O Deus que opera maravilhas - Sl 78.12-16.
  • O Deus que guia - Sl 78.14.
  • Mas, que nunca  terá o culpado como inocente.  Neste caso Ele é o Deus Justo e  vingador - Sl 78.12.

Precisamos de muito cuidado, porque o pecado em seu progresso se alimenta das misericórdias divinas para avançar, mas Deus está vendo, e avaliando tudo, e no momento certo fará o Seu julgamento.
Para falar do amor de Deus guiando e protegendo o Seu povo, o salmista identifica Deus como o Pastor e o seu povo como as suas ovelhas. (52)
O texto nos chama a atenção para Jesus Cristo, que em Sua Pessoa  revela a plenitude da natureza do Bom Pastor, que dá a Sua vida pelas Suas ovelhas. (João 10:1-18)
CONCLUSÃO
O motivo para o salmista escrever este salmo encontra-se nos versículos 7-8, bem semelhante ao motivo do apóstolo João quando escreveu o seu Evangelho. (20:31).
Toda vez que alguém abrir  qualquer parte da Bíblia, deverá estar pronto para colocar a sua fé inteiramente em Deus, e obedecer aos Seus mandamentos.
A nota triste deste salmo é que o povo de Deus  mesmo diante de tantas bênçãos e vitórias  continuou a pecar.
Cada milagre mencionado pelo salmista fora precedido de murmuração e rebelião do povo.
Duas divisões do sermão de certo pregador  neste salmo, ficaram assim:   “As gradações do pecado” (10-11):
  1. Negligenciar,
  2. Rejeitar,
  3. Esquecer de Deus!”  (10-11)

Outra parte: “O Progresso do Mal”. (18-21):
  1. Eles se desviaram por causa da cobiça: Sl 78.18.
  2. Como disse Tiago, a cobiça concebida gerou o pecado: Sl 78.19-20.
  3. O pecado completado gerou a morte, e "As carcaças deles caíram no deserto"  Sl 78. 21.

Os maravilhosos atos de libertação efetuados por Deus, a bênção e as orientações são relembrados pelo salmista, para servirem de lição para gerações futuras.
Verdades consoladoras que nós aprendemos neste salmo, especialmente no versículo 52:
Que entre todas as nações Deus tem um povo especial no mundo.
Que Deus os está levando para um lugar à parte e à salvo de todas as situações indesejáveis.
Que Deus os traz à comunhão consigo, e nutre Seu povo com comunhão!
E que Deus os guia para o seu descanso eterno.


Pr. José das Graças Silva Oliveira

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