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domingo, 27 de julho de 2014

ESTUDO BÍBLICO NO LIVRO DE SALMOS

FUNDAMENTOS QUE SUSTENTAM  UMA SOCIEDADE
Texto Bíblico: Salmo 82
Para o mestre de música. Salmo e cântico da família de Asafe.
1 Deus, o supremo Juiz, levantou-se na assembleia divina, no meio dos poderosos abre o julgamento:
2 “Até quando dareis sentenças injustas, favorecendo os ímpios?
3 Sede juízes para o desvalido e órfão, fazei justiça ao mísero e ao indigente;
4 libertai o fraco e o pobre, livrai-os das garras dos ímpios!
5 Eles nada compreendem, nem percebem que vagueiam pelas trevas da ignorância e da insensibilidade; abalam assim as bases que sustentam a própria terra.
6 Eu declarei: vós, ó juízes, sois como os deuses; todos vós sois filhos do Altíssimo!
7 No entanto, como seres humanos, morrereis e, como qualquer outro governante, caireis”.
8 Levanta-te, ó Eterno, e julga tua terra, porquanto a ti pertencem todas as nações!
INTRODUÇÃO
Este salmo de Asafe nos fala do cuidado de Deus para com os problemas que existem no mundo.
É um salmo que não expressa a doçura costumeira de outros  cânticos, e, sim, força e admoestações aos juízes da terra.
Falando ao povo de Deus, o salmista diz que, os cânticos espirituais dentro da igreja não devem servir apenas para falar de prosperidade material, ou para ser um ritual festeiro.
Asafe nos ensina que, também, devemos usar os nossos cânticos de louvor a Deus,  para admoestarmos uns aos outros.
Falando para as autoridades constituídas, o salmista está afirmando que, tudo o que é decidido nos Tribunais de Justiça,  são fundamentos que ajudam a sustentar a sociedade, oferecendo:
I.          Segurança pessoal para todos!
II.         Conforto social para todos!
III.        Igualdade nas possibilidades de prosperidade material para todos!
Para o salmista,  em cada  decisão dos Tribunais de Justiça, podemos encontrar alguns dos fundamentos que sustentam uma sociedade ideal.
Biblicamente são estes os fundamentos:
1.  JUSTIÇA COM O TEMOR DE DEUS.
O autor sagrado caracteriza  neste texto as autoridades más:
-Elas são ignorantes, e agem como se nada entendessem ou soubessem.
-São espiritualmente cegos, “vagueiam pelas trevas”, ou seja, a vida delas é de práticas de perversidades sem limites.
Quando fala sobre a ignorância deles, o texto está referindo-se à incapacidade de discernir entre o bem e o mal: “A teu servo, pois, dá um coração entendido para julgar a teu povo, ‘para que prudentemente discirna entre o bem e o mal’; porque quem poderia julgar a este teu tão grande povo? E esta palavra pareceu boa aos olhos do Senhor, de que Salomão pedisse isso!” I Reis 3:9-10
Um juiz deve ser alguém sábio e  não alguém “que vagueia nas trevas da ignorância!” (5)
Na Bíblia “o princípio da sabedoria é temer a Deus!” Prov. 1:7
Quando aqueles que julgam,  estão na ignorância em relação a Deus, toda a estrutura social caminhará para a  pobreza e podridão.
 Um cego não tem condições de guiar outro cego.
Justiça com o temor de Deus é um dos fundamentos que sustentam a sociedade ideal.
2. JUSTIÇA COM HONESTIDADE.
Asafe sem dúvida viu em volta dele muito suborno e corrupção, e enquanto Davi punia-os com a espada, ele resolveu procurar adverti-los com um salmo profético.
Quando o texto chama a esses juízes de “deuses”, está simplesmente dizendo que, Deus os comissionou com a autoridade, para que fossem  seus porta-vozes          aqui no mundo.
O apóstolo Paulo disse: “Todos devem sujeitar-se às autoridades superiores; porquanto, não, há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Ele!” Rom. 13:1
O apóstolo Pedro disse:  “Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior; Quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem. Porque assim é a vontade de Deus...!” I Pedro 2:13-15ª
A autoridade constituída por Deus deve agir acertadamente, ajudando a quem  faz o bem,e punindo a quem faz o mal. Isso é fazer justiça com honestidade, o que Deus espera dos magistrados.
Deus sempre quis que os magistrados fossem justos e honestos.
Asafe os acusa de  só pensarem nos próprios interesses e engrandecimento pessoal, inclusive se corrompendo e desagradando a Deus. (2)
Este salmo deixa claro que justiça com honestidade é um dos fundamentos que sustém uma sociedade ideal.
3. JUSTIÇA IGUAL PARA TODOS.
A acusação do escritor sagrado é que os juízes estavam favorecendo os errados e deixando de fazer justiça correta para os desvalidos, como os órfãos, as viúvas, os indigentes, os pobres, os fracos, etc.
Já na época de Asafe existia um pecado, que é  muito comum em nossos dias atuais: “Julgar pela aparência,pela condição social, pela condição cultural, pela condição financeira,  pelas preferências e interesses próprios!”
Podemos aprender neste salmo que, quando a estima por alguns influencia o   julgamento sobre as suas opiniões, virtudes, vícios e atitudes em geral, isso poderá levar à alguns erros:
1.         Injustiçar  alguém que confia na justiça!
2.         Prejudicar a pessoa ajudada injustamente.
3.         Formar uma cultura da injustiça e desonestidade.
4.         Levar ao descrédito  as instituições responsáveis pela justiça.
Um dos principais fundamentos que sustentam uma sociedade, é o seu sistema de justiça.
Se a justiça do país falhar, o povo não tem saída, e os caminhos do país consequentemente passarão pelas mazelas que o nosso querido Brasil está passando desde que foi descoberto.
A justiça deve tratar igual o rico, o pobre, o bonito, o feio, o letrado e o semianalfabeto, o branco, o negro, o índio, etc.
Justiça igual para todos é um dos fundamentos que sustém uma sociedade ideal.
4. O RESULTADO DA INJUSTIÇA É A MORTE.
 Porque a injustiça é pecado, e “O salário do pecado é a morte!” Rm. 6:23  “Morrereis!” (7)
Asafe denuncia e acusa as decisões injustas proferidas pelos juízes do seu tempo.
As denúncias envolviam decisões que favoreciam os homens influentes nos tribunais.  Eram decisões judiciais com parcialidade.
Então, o autor diz que esses juízes cairão como todos os homens que pervertem a justiça.
Embora não O vejam, Deus assiste entre o Seu povo, fazendo justiça.
Se o homem for julgado incorretamente, Deus vingará por ele.
Se o homem cometer erros que as autoridades competentes não vejam nem julgam, Deus está vendo e certamente julgará.
Diante das nossas fraquezas, e se a justiça que precisamos for negada, devemos recorrer a Jesus Cristo, que é o nosso Advogado.
Jesus é o nosso Sumo Sacerdote que pode compadecer-se de nós em nossas fraquezas.
Ele é o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. João 1:29
CONCLUSÃO
O texto bíblico acusa as perversidades  das autoridades injustas:
-Eles julgam injustamente. (1)
-São parceiros dos ímpios.
-São ignorantes quanto as leis de Deus. (5)
-Não tem desejo de entender os propósitos do Senhor.
-Andam nas trevas do pecado.
-Suas instituições civis são desvirtuadas e pervertidas.
Paulo diz:  “...Pois todos havemos de comparecer perante o tribunal de Cristo. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus!” Romanos 14:10,12
Esta visão do apóstolo Paulo é a mesma do salmista, que, também,  tem uma visão de uma grande reunião no Tribunal Divino, e ali os poderosos que exercem autoridade, darão contas a Deus de todas as suas ações.
Quão bom seria se os juízes do nosso país tivessem a consciência de que são comissionados por Deus, e que devem ser porta-vozes dEle, para fazerem o que seja certo, honesto e igual para todos!
Se não é isso o que está acontecendo em nosso país, devemos orar pelas autoridades, como orientou o apóstolo Paulo: “Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças, em favor de todas as pessoas; pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade.  Isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador!” I Timóteo 2:1-3

Pr. José das Graças Silva Oliveira







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