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domingo, 3 de abril de 2011

AUTISMO: É PROBLEMA MUITO SÉRIO NA FAMÍLIA

Foto: EDIMAR SOARES (Ronald, de 8 anos, é assistido pela Fundação projeto Diferente e já consegue dizer algumas palavras

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Foto: EDIMAR SOARES (Ronald, de 8 anos, é assistido pela Fundação projeto Diferente e já consegue dizer algumas palavras )
Autismo é uma desordem na qual uma criança jovem não pode desenvolver relações sociais normais, se comporta de modo compulsivo e ritualista, e geralmente não desenvolve inteligência normal.
O autismo é uma patologia diferente do retardo mental ou da lesão cerebral, embora algumas crianças com autismo também tenham essas doenças. 
Sinais de autismo normalmente aparecem no primeiro ano de vida e sempre antes dos três anos de idade. A desordem é duas a quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas.
A lista serve como orientação para o diagnóstico
Como regra os indivíduos com autismo apresentam pelo menos 50% das características relacionadas. Os sintomas podem variar de intensidade ou com a idade. 
 
  • Dificuldade em juntar-se com outras pessoas,
  • Insistência com gestos idênticos, resistência a mudar de rotina,
  • Risos e sorrisos inapropriados,
  • Não temer os perigos,
  • Pouco contato visual,
  • Pequena resposta aos métodos normais de ensino,
  • Brinquedos muitas vezes interrompidos,
  • Aparente insensibilidade à dor,
  • Ecolalia (repetição de palavras ou frases),
  • Preferência por estar só; conduta reservada,
  • Pode não querer abraços de carinho ou pode aconchegar-se carinhosamente,
  • Faz girar os objetos,
  • Hiper ou hipo atividade física,
  • Aparenta angústia sem razão aparente,
  • Não responde às ordens verbais; atua como se fosse surdo,
  • Apego inapropriado a objetos,
  • Habilidades motoras e atividades motoras finas desiguais, e
  • Dificuldade em expressar suas necessidades; emprega gestos ou sinais para os objetos em vez de usar palavras.
PROGNÓSTICO E TRATAMENTO



Os sintomas de autismo geralmente persistem ao longo de toda a vida.
Muitos especialistas acreditam que o prognóstico é fortemente relacionado a quanto idioma utilizável a criança adquiriu até os sete anos de idade. Crianças autistas com inteligência subnormal - por exemplo, aquelas com Q.I. abaixo de 50 em testes padrão - provavelmente irão precisar de cuidado institucional em tempo integral quando adultos.
Crianças autistas na faixa de Q.I. próximo ao normal ou mais alto, freqüentemente se beneficiam de psicoterapia e educação especial.
Fonoterapia é iniciada precocemente bem como a terapia ocupacional e a fisioterapia.
A linguagem dos sinais às vezes é utilizada para a comunicação com crianças mudas, embora seus benefícios sejam desconhecidos. Terapia comportamental pode ajudar crianças severamente autistas a se controlarem em casa e na escola. Essa terapia é útil quando uma criança autista testar a paciência de até mesmo os pais mais amorosos e os professores mais dedicados. 
                                                                          Fonte: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?44

Quando o bebê é amamentado, olha nos olhos da mãe e se aconchega no colo dela, como num molde perfeito. Mas, com João Paulo, foi diferente. Era hora de mamar e Lília Janbartolomei não entendia por que ele mantinha o corpo duro, não relaxava. “Era como se o toque e o colo o irritassem. Ele chorava no berço, mas, quando eu pegava no colo, chorava mais ainda. Eu não entendia nada...”, lembra a mãe.

Quando João fez um ano, Lília começou a procurar ajuda. Ela sabia que ele era diferente. “Os pediatras diziam que não havia nada, que era coisa da minha cabeça”, lembra a mãe, ávida por um diagnóstico para começar o tratamento que fosse necessário. A resposta veio quando ele tinha 2 anos e meio. João é autista. Completou 11 anos ontem, dia 2 de abril, no Dia Mundial do Autismo.

A dificuldade para conseguir o diagnóstico é sentida por muitas famílias, que peregrinam por vários médicos e psicólogos sem descobrir resposta. Por mais difícil que seja para a família descobrir que o filho é autista e que não há cura, a intervenção precoce é necessária, podendo proporcionar diferenças consideráveis na comunicação, no controle emocional do autista.

Diferente da maioria das mães de autistas, Lilia não sofreu um luto quando descobriu por que João é diferente. Para ela, foi um alívio, já que, a partir dali, poderia buscar ajuda especializada. “O diagnóstico não é um ponto, é uma vírgula. Ajuda a família a se encontrar”, ensina.

Nesta semana, Lilia faz coro com autistas e famílias de autistas que querem chamar atenção para a importância do diagnóstico precoce, da disponibilidade de tratamento, da inclusão escolar, da igualdade de direitos, da luta contra o preconceito. Embora este público tenha alcançado algumas conquistas, os avanços vêm a passos lentos.

Escolas regulares preocupadas com a inclusão ainda é um sonho. “A inclusão está engatinhando porque falta uma capacitação ampla. Muitos pais tentam matricular os filhos nas escolas regulares, mas a escola informa que não tem como ajudar”, lamenta o auxiliar administrativo João Paulo Leão, de 32 anos, que descobriu há quatro que tem Síndrome de Asperger, um dos espectros do autismo.

Segundo ele, o preconceito precisa ser superado. Para romper com o preconceito, o primeiro passo é a sociedade buscar informação. “As pessoas precisam passar a ver o autista como membro da sociedade, uma pessoa que também tem direitos”, defende. “O autista tem dificuldade de conseguir atendimento no dentista. Muitos serviços são negados e a família não tem informação para reivindicar”, lamenta o diretor da Associação Brasileira de Ação por Direitos da Pessoa com Autismo, Alexandre Mapurunga.


O quê

Entenda a notícia

Muitas famílias enfrentam grandes obstáculos para conseguir o diagnóstico de filhos autistas. Sabe-se que intervenção precoce é fundamental, podendo proporcionar diferenças consideráveis na comunicação e vida social da pessoa com autismo. Com o mote do Dia Mundial do Autismo, 2 de abril, estas famílias cobram igualdade de direitos e inclusão social.

lucinthya@opovo.com.br

Postado por Pr. José das Graças Silva Oliveira

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