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terça-feira, 20 de agosto de 2013

ASSUNTO POLÊMICO: Mais G12

A CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA E O MOVIMENTO G12
Pronunciamento
Preâmbulo



A Diretoria da Convenção Batista Brasileira e os Secretários Executivos das Convenções Batistas dos Estados vêm acompanhando com o maior interesse os debates e as experiências com relação ao chamado Movimento G12, e entende necessário fazer o pronunciamento a seguir, visando à saúde doutrinária e à unidade das igrejas, a sustentação dos princípios bíblicos e teológicos que informam nossa Eclesiologia, a eficácia de nosso testemunho nesta virada de século e milênio e, sobretudo, a glória de Deus.



NOSSAS CONVICÇÕES

Como preliminar às nossas posições sobre o G12, é mister recordar e afirmar algumas de nossas convicções: 
1. Cremos nas Escrituras Sagradas, canônicas, composta de Antigo e Novo Testamento, como registro fiel da revelação de Deus, e como única regra de fé e conduta, para o crente e para a igreja de Jesus Cristo no mundo. 


2. Cremos que a Bíblia deve ser interpretada por firmes princípios hermenêuticos, dos quais ressaltamos o de que a Bíblia deve ser interpretada pela Bíblia, o texto à luz do contexto, mas sempre à luz da Pessoa e dos ensinos de Jesus Cristo. 


3. Cremos no Deus trino, Pai, Filho e Espírito Santo, cujas obras nós vemos na Criação e na História, e que se revela, de maneira gradativa e progressiva, nas Escrituras e, plenamente, na Pessoa de Jesus Cristo, Verbo encarnado. 


4. Cremos na Igreja como entidade  temporal e atemporal, fundada por Jesus Cristo e que tem por missão a redenção dos homens e o fazer discípulos  Dele em todas as nações, formando uma nova criação, a humanidade deutero-adâmica. 


5. Cremos na suficiência de Jesus Cristo como Senhor e Salvador, na eterna salvação dos que Nele crêem. 


6. Como cristãos, evangélicos e batistas, cremos que a revelação chegou à sua culminância em Jesus Cristo e que toda alegação de novas revelações ou verdades deve ser cotejada com as Escrituras canônicas, corretamente interpretadas. 


7. Cremos que a igreja do Novo Testamento, especialmente a de que nos dá conta o livro de Atos, constitui modelo para as igrejas de nossos dias, já no compromisso com a proclamação, a adoração, a comunhão, a edificação e o serviço; já no modelo pendular de seu funcionamento, no templo e nas casas, a difundir o reino de Deus. 


8. Cremos que são permanentes e de valor universal e transcultural (a valer em todas as culturas) os princípios bíblicos de organização, vida, ministério, proclamação e serviço da igreja, porém os métodos e modelos podem e devem variar, de acordo com a sociedade e a cultura em que se insere a igreja e desenvolve-se sua missão. 


9. Cremos que os fins não justificam os meios na realização da obra de Deus no mundo. Fins e meios devem ser compatíveis com a verdade, os princípios e a ética das Santas Escrituras.


10. Cremos e devermos estar abertos para o diálogo e a aprendizagem em nosso mundo globalizado, em todas as áreas da existência humana, porém capazes de discernir os métodos e modelos consoantes aos princípios e fundamentos de nossa fé, a manter-nos sempre inarredáveis em nossa fidelidade a Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida.



NOSSA POSIÇÃO SOBRE O MOVIMENTO G12


À luz das convicções que acabamos de explicitar, e do exame criterioso e desapaixonado de testemunhos, relatórios, pronunciamentos e documentos elaborados por líderes evangélicos de modo geral, e batistas em particular, chegamos à seguinte posição:


1. Não julgamos o espírito ou as intenções dos fundadores e pais do Movimento G12, por não caber-nos tal responsabilidade e não conhecermos sua mente e consciência.


2. Reconhecemos que ao longo dos séculos, e especialmente no nosso, têm surgido propostas, modelos e métodos de "fazer igreja" e de evangelizar e ou de "fazer missões", algumas das quais com a pretensão de ser a "última revelação", "a última palavra", o "método final", mas todos foram marcados pela temporalidade e impermanência, pois, afinal de contas, os métodos variam e não é qualquer método que conta, mas, o homem. O homem é o método de Deus, como lembrou com propriedade Edward M. Bounds.


3. O G5, o G12, a igreja em células, o modelo dos NEBs constituem modelos humanos, com o propósito de promover a atuação da igreja no mundo, mas nenhum deles pode arrogar-se o status de revelação final ou método perfeito; todos são marcados pela falibilidade humana.


4. Nossas igrejas, para cumprirem o mandato recebido do Senhor, de fazer discípulos de todas as nações, precisam de extroverter-se, conforme a igreja de Jerusalém que se reunia no templo e nas casas, adotando estruturas leves, de pequenos grupos nos lares. Mas sem perder de vista sua unidade e integridade. Para tanto os grupos nos lares, seja qual for o nome adotado, devem ser dirigidos por pessoas espiritual, moral e intelectualmente capazes, preparados pelos pastores e orientadas a conduzir estudos sobre os mesmos temas, a comunicar as mesmas doutrinas, a conduzir o povo de Deus à firmeza na fé, à comunhão, à santidade e ao serviço.


5. Não aprovamos o modelo G12, já no chamado Encontro Tremendo, que emprega métodos e procedimentos que vêm ao arrepio dos princípios e ensinos das Santas Escrituras; já na compreensão de que todos os crentes são potencialmente líderes, pois isso contraria a diversidade de dons a que a Bíblia ensina e a experiência eclesiástica comprova. Nem todos receberam o Dom de liderar, mas todos com certeza receberam dons que os habilitam a servir no corpo de Cristo.



NOSSA EXORTAÇÃO E RECOMENDAÇÃO


1. Exortamos pastores e igrejas a cumprirem o que ordena Paulo aos tessalonicenses: "Examinai tudo, retende o bem"; mas nunca venham a adotar e apregoar, como definitivo e de valor absoluto, qualquer método, modelo ou programa de igreja que eventualmente tenha produzido frutos noutras culturas e outros lugares. Cada método ou modelo deve ser confrontado com os princípios bíblicos e, se passar por esse crivo, deve ser ajustado à realidade de cada igreja.

2. Recomendamos que o G12, como qualquer modelo de igreja em células ou grupos nos lares, deve ser rejeitado quanto à sua pretensão de revelação final de Deus para a Igreja hoje; mas pode ser aproveitado, em princípio, naquilo em que não conflitar com as Escrituras,  a teologia e a eclesiologia que delas decorrem e nós adotamos como povo cristão, evangélico e batista.




Pr. Irland Pereira de Azevedo (Relator)


Comentário do Masquil da Palavra:
Encabeçando esta postagem, a própria propaganda do Manual de Realização do Encontro, promovido pelo G12 deixa claro, que tudo por lá é baseado na experiência pessoal e não no conhecimento.
Isso contradiz com o que Jesus Cristo ensinou: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará!" João 8:32

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