http://igbavitoria.blogspot.com.br/

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

PROJETO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA EVITAR MORTES POR DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS


O Ministério da Saúde está convicto, que as bebidas alcoólicas e os produtos derivados do tabaco são responsáveis por doenças crônicas não transmissíveis, e que essas doenças matam mais de 740.000 brasileiros por ano. O dado é assustador, porque representa aproximadamente 72% do total de mortes no Brasil.
O estilo de vida abusando do consumo de álcool, alimentos gordurosos, fumo, sedentarismo e obesidade, aumenta o risco de uma pessoa adquirir doenças crônicas não transmissíveis.
Para pessoas com até 70 anos de idade podem aparecer doenças como diabetes, câncer, infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e doenças respiratórias. Dentro desse grupo está uma taxa de 255 vítimas para cada grupo de 100.000 habitantes. O Ministério da Saúde está empreendendo um projeto de enfrentamento da situação, pretendendo fazer cair essa taxa para 196 casos por 100.000 habitantes até o ano de 2022.
O projeto visa incentivar o consumo de frutas, verduras e legumes e para isso o governo está propondo reduzir impostos e taxas para a produção e venda dos alimentos saudáveis, para facilitar o consumo dentro do universo de pobreza que há no país, que representa  o grupo de pessoas mais afetadas pelas doenças, porque não conseguem consumir os alimentos saudáveis devido ao preço tão amargo.
O Ministro da Saúde Alexandre Padilha é um dos defensores do projeto de redução fiscal e tributário para alimentos saudáveis.
Mas o projeto tem outro lado muito importante, que é: “Enquanto firma-se incentivos fiscais e tributários para alimentos saudáveis, aumenta-se o valor dos impostos que incidem sobre produtos prejudiciais à saúde como as bebidas alcoólicas e produtos derivados do fumo!”
O projeto irá incentivar também um consumo menor dentro dos padrões ideais para a saúde, de produtos à base de massas, macarrão e pães e redução do uso de sal, e ainda, acabar com os “fumódromos”, intensificando a fiscalização na venda de álcool para menores de 18 anos de idade, que já é proibida a muito tempo.
Há uma estatísticas muito positiva sobre as campanhas de incentivo ao abandono do vício de fumar e ingestão de bebidas alcoólicas nos últimos trinta anos: No final da década de 80 havia uma percentagem de 34,8% dos adultos que fumavam.  Em nossa década atual a percentagem é de apenas 15%. O Ministério da Saúde quer derrubar essa percentagem em 2022 para 9% da população adulta.
Apesar de toda a farta divulgação dos males provocados por esses causadores de doença nos últimos tempos, o consumo do álcool tem crescido. Em 2010 18% dos adultos consumiam doses alcoólicas consideradas abusivas.
O governo já está colocando em prática o projeto e no início do mês de agosto corrente a carga tributária dos impostos sobre produtos derivados do fumo subiu de 60% para 81%, e, segundo Alexandre Padilha já está no Congresso Nacional um projeto para aumentar a carga tributária para as bebidas alcoólicas também, com todo o apoio do ministério.
Um dos lados mais humanos do projeto está na criação do Programa Academia da Saúde, com a instalação de 4.000 equipamentos esportivos em lugares públicos até 2014, para incentivar a prática de atividades físicas. O governo quer ver 22% da população fazendo exercícios físicos na hora e lugares de lazer até 2022, de graça, porque deixar de fazer atividades físicas geralmente é por falta opção e condições facilitadas.
Há uma estatística incomodante sobre doenças crônicas no Brasil: das mais de 740.000 mortes por doenças crônicas não transmissíveis, 31% são cardiovasculares e 16% por cânceres, tendo impacto a pelo menos 1% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. Porém, na América Latina o PIB reduziu 2%  motivado por  tais doenças.
Parabéns ao Ministério da Saúde e a presidenta Dilma Roussef, que apóia esse  projeto, que será apresentado na Assembléia Geral das Nações Unidas, em setembro deste ano, com o tema sobre o “combate à doenças crônicas”.

 Postado por Pr. José das Graças Silva Oliveira


Nenhum comentário:

Postar um comentário