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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

SAÚDE

Cientistas sugerem que câncer é uma doença moderna, causada pelo homem



Análise histórica indica que doença era rara na antiguidade e ficou mais frequente após Revolução Industrial

por Redação Galileu
Pesquisadores da Universidade de Manchester sugerem que fatores externos provocados pela ação humana, como poluição e estresse, podem ser as principais causas do câncer. Até aí, você provavelmente já desconfiava. Mas o caminho percorrido pelos pesquisadores da Universidade de Manchester, responsáveis pelo estudo, aponta evidencias fortes.

Editora GloboFoto: Shutterstock
Eles avaliaram restos mortais e escrituras da Grécia e Egito Antigo e fizeram o primeiro diagnóstico de câncer em uma múmia. Foram quase mil corpos estudados e somente um caso encontrado da doença, prova de que ela era muito rara na antiguidade. Desde a Revolução Industrial, no século 18, no entanto, os índices de câncer têm crescido, inclusive o infantil, outra amostra de que não é apenas em razão do aumento da longevidade.

Os pesquisadores investigaram a doença com dados de cerca de mil anos de corpos, assim, têm uma perspectiva histórica mais completa dela. "Em sociedades industriais, o câncer é a segunda causa de morte. Mas, na antiguidade, ele era extremamente raro. Não há nada no ambiente natural que causa câncer. Então ele tem que ser uma doença criada pelo homem, por meio da poluição, mudanças de dieta e estilo de vida", diz Rosalie David, professora da Faculdade Life Sciences.
O site da revista New Scientist publicou um artigo que refuta algumas afirmações dos pesquisadores de Manchester. Segundo o artigo da New Scientist, a tese de Rosalie David tem falhas porque existe o câncer hereditário e fatores cancerígenos naturais, como raios solares ultravioletas, e também vírus que causam o HPV e o câncer de fígado.
O primeiro câncer diagnosticado do mundo pelos pesquisadores, foi um tumor retal em uma múmia de identidade desconhecida que viveu entre 200 e 400 antes de Cristo. "Em uma sociedade antiga sem intervenções cirúrgicas, as evidências de câncer deveriam ficar em todos os casos. A falta de tumores em múmias deve ser interpretada como indício de que doença era muito rara na antiguidade, indicando que os fatores causadores de câncer estão limitados à sociedades afetadas pela moderna industrialização", diz o professor Michael Zimmerman, responsável pelo diagnóstico.
Segundo a pesquisa, poucos fósseis animais apresentaram algum tipo de câncer. E alguns tumores foram encontrados em primatas não-humanos, mas nenhum semelhante aos cânceres modernos dos humanos.
Argumentos de que as sociedades antigas não viviam tanto para desenvolverem a doença são verdadeiros, mas os gregos e egípcios antigos viviam o suficiente para desenvolverem aterosclerose e osteoporose, e, hoje, o câncer nos ossos ataca mais as crianças. Sobre este argumento, a New Scientist menciona que a equipe avaliou múmias de pessoas que morreram com menos de 50 anos e os casos de câncer modernos acometem mais frequentemente os mais velhos.
Na avaliação da literatura de várias épocas, conforme a equipe avançava, apareciam as primeiras descrições de operações de câncer. E os primeiros relatos de tumores diferentes só apareceram nos últimos 200 anos, como o de escroto em limpadores de chaminé, em 1775, e de nariz em usuários de rapé, em 1761.
Postado por Pr. José das Graças Silva Oliveira

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