Tragédia na região serrana do Rio completa um mês
Pelas estradas de acesso, as quedas de barreiras ainda estão pelo caminho, mas o comércio já sente a retomada do movimento em um dos principais pontos de venda de roupas da serra.
As marcas dos deslizamentos nas encostas estão por toda a parte. Isso é um desafio para os geólogos convocados para estudar a fúria da natureza.
Foram necessárias quase novecentas mortes para que os administradores entendessem o que antes não parecia tão óbvio. O prefeito de Petrópolis, Paulo Mustrangi, comenta: "O administrador público tem que ter responsabilidade sobre o uso do solo público".
No entanto, voltar à vida normal parece ser um sonho ainda distante. Nos abrigos espalhados pelas cidades, o drama de não saber para onde ir aumenta com o passar do tempo. Só em um deles, em Teresópolis, estão 210 pessoas. E o pior: as doações começam a diminuir.
Quem vive na região serrana do Rio não tem dúvidas de que a tragédia vai ficar marcada para sempre na memória. Porém, trinta dias depois da catástrofe, o sentimento é de virar a página da dor. Recomeçar, reconstruir e renascer são as palavras mais usadas pelos moradores da região.
Ao lado do teleférico, um dos pontos turísticos mais conhecidos de toda a região serrana, uma multidão vestida de branco se reuniu para soltar balões coloridos. Em cada um deles, nomes das vítimas de um desastre que fez e ainda faz muita gente chorar, mas que acredita em dias ensolarados e principalmente sem tempestades.
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